Traje eclesiástico: sinal de consagração

“Se verdadeiramente vossa consagração a Deus é uma realidade tão profunda, tem muita importância levar de forma permanente seu sinal exterior, que constitui um hábito religioso, singelo e apropriado. É ele o meio de recordar a vós mesmos o vosso compromisso, que contrasta com o espírito do mundo”.

O que se entende por hábito religioso ou traje eclesiástico?

Traje eclesiástico é o gênero que engloba as espécies traje clerical e hábito religioso. Entende-se por hábito religioso a veste apropriada prescrita pelas regras e constituições de cada instituto. Assim, há o hábito dos carmelitas, dos franciscanos, dos beneditinos, dos cistercienses, dos redentoristas, dos capuchinhos, dos agostinianos, dos maristas, dos lassalistas, etc, um diferente do outro, justamente pela simbologia e espiritualidade próprias. Por sua vez, o traje clerical é o utilizado pelos clérigos seculares (e seminaristas seculares também) e pelos religiosos que não possuem hábito próprio (como os jesuítas, os salesianos e os legionários de Cristo, por exemplo).

A forma do hábito depende de cada instituto, e o traje clerical pode ser batina – também chamada sotaina – ou calça e camisa com colarinho romano – clergyman.

Não podemos confundir, ademais, o traje eclesiástico com os paramentos litúrgicos, utilizados na celebração da Santa Missa, do Ofício Divino e dos diversos sacramentos e sacramentais, nem com a veste talar ou coral a ser usada pelos religiosos e clérigos no coro ou quando assistem as cerimônias litúrgicas sem celebrá-las.

Santo Tomás de Aquino, glória da Igreja, cognominado Doutor Angélico, pela perfeição de sua doutrina, afirma a conveniência do uso do traje eclesiástico [32], citando o trecho bíblico (cf. Ecle 19,30) que afirma que até o modo de vestir, manifesta o modo de ser das pessoas.

Sendo os clérigos e religiosos pessoas especialmente chamadas a estarem mais perto de Deus, com funções especificamente sagradas, devem traduzir em sua vestimenta o seu modo de ser (daí o hábito franciscano ser adequado a um franciscano, não a um dominicano, nem o deste a um redentorista, trapista ou cartuxo – cada um tem sua simbologia e sua tradição veneráveis). Nisso, o traje mostra ao mundo a ordem da Criação.

Fonte: Missal Romano ( Adaptado)

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