Fome de quê?

Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

Frei Gustavo Medella

 

“Eu sou o Pão da vida” (Jo 6,48). Na canção “Comida”, o grupo Titãs trata sobre as várias necessidades humanas e diz: “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte”. No caso do ser humano, a fome não se restringe às necessidades de nutrição física, mas a algo que extrapola o âmbito do que pode ser percebido pelos sentidos e tocado. Trata-se de uma fome existencial, fome de sentido.

Esta reflexão, no entanto, não deseja de maneira alguma “minimizar” a fome física e real que, sempre que ocorre, é grave e urgente. Deve ser sanada de maneira imediata e incondicional. Tampouco o desejo é acenar para um dualismo simplista que contrapõe corpo e espírito e, consequentemente, as duas fomes, considerando a segunda como a única que importa.

Aderir a Cristo significa, portanto, abraçar o projeto do mundo sonhado por Deus ao enviar seu Filho para habitar conosco. Um mundo sem fome, de comida ou de sentido, porque sustentado por um sentido maior, o amor a Deus e ao próximo, que leva, necessariamente, à partilha, à solidariedade, ao cuidado, à justiça e à paz.

Fonte: Franciscanos.org.br


FREI GUSTAVO MEDELLA, OFM, é o atual Vigário Provincial e Secretário para a Evangelização da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores em 2010 e foi ordenado presbítero em 2 de julho de 2011.

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