Projeto “Sumaúma: Nutrindo Vidas” da Cáritas Brasileira recebe prêmio do Pacto Contra a Fome.

Foto: acervo Cáritas - reproduzida da publicação CNBB

O Projeto Sumaúma: Nutrindo Vidas, da Cáritas Brasileira, foi premiado pela iniciativa Pacto Contra a Fome que esse ano lançou sua primeira premiação, com o apoio da UNESCO e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A premiação no valor de R$100.000 foi entregue na manhã de quinta-feira, 26 de outubro, no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP). O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, e o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen participaram da cerimônia de entrega da premiação.

 

Com o nome inspirado numa árvore típica da Amazônia, o projeto serve mais de 2000 refeições diariamente, um total de 540 mil pratos de comida, que apoiaram 17 mil pessoas no combate à fome. Alimentos nutritivos e balanceados, um cardápio elaborado por uma nutricionista com base nas necessidades e preferências das pessoas atendidas, além de atividades educativas voltadas para gestantes e lactantes, visando promover boas práticas de alimentação.

Na premiação, a Cáritas Brasileira concorreu com 310 iniciativas de todos os estados brasileiros e foi contemplada na categoria “Combate à Fome”. A Cáritas participa da rede de iniciativas que promovem a segurança alimentar e nutricional do Pacto Contra a Fome, juntamente com outras organizações da sociedade civil e setores dos governos estaduais e federal.

Alimentando a Dignidade

“Meu país vive uma crise humanitária e eu deixei para trás a minha casa há 4 anos. Eu vim de carona até Pacaraima, mas ao chegar na fronteira o dinheiro acabou. Andei por 3 dias na estrada de Pacaraima até Boa Vista. Quando cheguei em Boa Vista, a rua foi meu novo lar e o lixo a minha única forma de me alimentar”, contou Rut Elisa Escobar, agente Cáritas que representou a instituição no palco do Prêmio, junto com Valquíria Lima, da Coordenação Colegiada Nacional.

Rut Elisa Escobar, agente Cáritas | Foto: Acervo Cáritas

Rut teve muitas dificuldades ao chegar no Brasil, e viu na Cáritas uma possibilidade de mudar de vida e ajudar outras pessoas migrantes a serem acolhidas com dignidade e respeito. “Eu fui voluntária e hoje sou agente Cáritas. Eu sei e vivi a dor da fome. Pacto é um compromisso e hoje todos nós temos a responsabilidade de nos comprometer com a luta contra a fome”, disse Rut, em meio aos aplausos da plateia.

Valquíria Lima, em seu discurso, enfatizou o valor do trabalho realizado pelas pessoas simples em todos os lugares do Brasil, incentivando todas e todos a espalharem as sementes do combate à fome e do cuidado com a pessoa próxima. “Para nós da Cáritas Brasileira, o Projeto Sumaúma representa um grande desafio de acolhimento, empatia, resposta humanitária digna e cuidadosa do fluxo migratório que cresce, cada vez mais, no mundo. É uma iniciativa que nasce da força do voluntariado, acolhendo migrantes e combatendo toda forma de preconceito. Além de uma alimentação nutritiva, a gente resgata vidas, dignidade e esperança. A força da coragem e da solidariedade transformadora”, disse ela.

Nutrindo Vidas

O Projeto Sumaúma atua hoje no Posto de Recepção e Apoio da Operação Acolhida, em Boa Vista, Roraima, oferecendo café da manhã e almoço, 6 dias da semana. O projeto celebrou seu primeiro ano de atuação em agosto de 2023, apoiando 17 mil pessoas por meio de mais de 540 mil refeições. Houve um aumento expressivo na demanda por refeições no primeiro semestre de 2023.  Desde a segunda quinzena de fevereiro, estão sendo servidas mais de 2 mil refeições diárias.

O Pacto Contra a Fome produziu um minidocumentário sobre o projeto Sumaúma: Nutrindo Vidas, contando um pouco das ações do projeto. Assista:

Fonte: CNBB 

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