Com o tema “Com Nossa Senhora da Saúde: vocação, graça e missão!” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33), iniciamos mais uma caminhada rumo ao grande dia! Aquele em que celebraremos a padroeira, Nossa Senhora da Saúde.
Uma tradição que, no caso da nossa amada paróquia, é passada a cada nova geração. As crianças de outrora são hoje os festeiros, organizadores, as lideranças dos conselhos, dos vários movimentos, serviços e pastorais.
Somos uma família que, como qualquer outra, afina e desafina, mas segue no firme propósito de caminhar de mãos dadas com Jesus, passando adiante seu maior legado: amar.
Doação
O amor goteja. Há quem espere por um amor que jorre, mas para a maioria de nós, se gotejar, já tá “bão demais”.
Se você participou do primeiro dia da celebração da novena em honra a padroeira Nossa Senhora da Saúde, e for do tipo observador, sentiu esse tipo de amor que “cai” como que de um conta-gotas.
Cada detalhe, cada cantinho da Igreja Matriz recebeu um olhar cuidadoso das muitas mãos que, ainda na semana passada, fizeram um verdadeiro “faxinão” para deixar tudo “brilhando”. Casa limpa e é hora de decorá-la.
Do piso ao alto, literalmente, tudo foi pensado com zelo, carinho e esse tipo de amor que goteja. As gotinhas recolhidas de cada um que dedicou seu tempo encheram o balde que transbordou numa beleza de emocionar e que, com certeza, atraiu os olhares também do alto dos céus.
A caminhada
“Não podemos perder de vista a ação de Deus na nossa história e na nossa vida” – Padre Márcio Soares.
A frase foi uma das proferidas durante a homilia pelo Padre Márcio, que presidiu a Celebração Eucarística, concelebrada pelo Padre Paulo Marcony, no primeiro dia da novena.
Este “não perder de vista” se desvela também, segundo ele, na nossa fidelidade ao participarmos diariamente deste momento festivo: “Que esta novena, neste mês e ano vocacionais, nos ajude a compreender o chamado de Deus e a dizer sim!” – afirmou.
O “sim”, dado a Deus na Santa Missa, começa com a procissão de entrada. Ali, todos nós somos representados como o povo de Deus, caminhantes, peregrinos unidos pela fé.
Uma fé que se desnuda no altar, diante do Mistério que quer ser revelado a cada um em particular na Eucaristia. Se Jesus é a centralidade da nossa vida e desta fé, Maria, sua mãe, é aquela que nos ensina carinhosamente a seguir os passos do Filho – tal como ela mesma se deu a seguir e nos dá o exemplo.
Aqui, venerada como Mãe da Saúde, a imagem se destacou no presbitério. Saiu do ponto mais alto do altar-mor como que para nos aproximar ainda mais da pessoa real que é Maria para os católicos. Foi para ela que muitos olhares se voltaram.
As bandeiras também encontraram seu lugar neste templo que acolhe não apenas os paroquianos, mas fiéis vindos de várias outras paróquias.
A primeira a entrar foi aquela que é erguida no mastro ao final da Santa Missa e que vai ficar ali até o último dia das festividades. E à frente da Guarda de Marujos Nossa Senhora da Saúde, puxando “a procissão dos marujeiros”, entra a bandeira da Mãe seguida por seus devotos que caminham numa alegria ressaltada pelo ritmo e batuques que traduzem um tipo peculiar da cultura e religiosidade das Minas Gerais.
Este ano, uma nova imagem foi adquirida e abençoada pelos padres Paulo e Márcio para estar junto das famílias nestes 10 dias de celebração.
Um convite para que as famílias se reúnam em oração, rezem o terço, comunguem da fé e se alimentem desta que é uma das vocações. A cada dia, a imagem peregrina de Nossa Senhora da Saúde vai para uma casa diferente.
A alegria do cristão
Só quem compartilha da nossa fé sabe que o cristão é alegre. Foi o próprio Cristo que nos ensinou como são importantes os momentos de confraternização e partilhas. Não nos esqueçamos que o Mestre estava lá, nas “Bodas de Caná”, com a Mãe Maria e com os discípulos. E foi Ele o responsável por não deixar a festa “ruir”, ao marcá-la com seu primeiro sinal.
Pois conosco não é diferente. Após a Santa Missa, e a subida da bandeira com a participação dos fiéis e da marujada, os paroquianos se reuniram na área externa da Igreja Matriz.
“Barraquinhas”, com nossos tradicionais pastéis e outro “pratos”, como sempre atraíram o público. Famílias, amigos, casais, idosos e crianças se misturaram e ainda puderam aproveitar a noite ao som da banda formada por quatro jovens já bem conhecidos na Matriz da Saúde.
Foi um primeiro dia para guardar na memória. Mas foi só um primeiro dia. Vem muito mais por aí. Confira a programação.
E você? Vem com a gente?
Liliene Dante