Por que Nossa Senhora é Mãe da Igreja?

Imagem: Maria Madre della Chiesa PT (Vatican News)

Saiba por que Nossa Senhora é a grande intercessora da Igreja

Confirma-nos a Constituição Dogmatica Lumen Gentium que “pelo dom e missão da maternidade divina, que a une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e funções, está também a Virgem intimamente ligada à Igreja: a Mãe de Deus é o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (Lumen Gentium, n. 63). Vemos, desse modo, a clara ligação de Maria com a Igreja. É uma ligação tão íntima, que não dá para lermos a história da salvação sem a relacionarmos com a pessoa da Virgem Maria.

Maria é imagem e semelhança de Deus

Do ponto de vista antropológico, a Virgem Maria pode ser vista como modelo humano que mais se aproxima da verdadeira imagem e semelhança de Deus. Além do mais, Ela pode servir como “modelo eminente e único de virgem e mãe, porque, acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo […] E deu à luz um Filho, que Deus estabeleceu primogênito de muitos irmãos (Rom 8,29), isto é, dos fiéis, para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe” (Lumen Gentium, n.63).

Paulo VI, que dera a Maria o título oficial de ‘Mãe da Igreja’, desenvolveu o tema na Exortação Apostólica sobre o Culto a Virgem Maria, fala d’Ela como modelo de quem sabe ouvir e acolher a Palavra de Deus com fé. Essa é uma missão específica da Igreja: escutar, acolher, proclamar, venerar e distribuir a Palavra de Deus como pão de vida (Marialis Cultus, n. 17).

Maria é intercessora

Outro modelo de Nossa Senhora é ser orante e intercessora. “Maria é, além disso, a Virgem dada à oração. Assim nos aparece ela, de fato, na visita à mãe do Precursor, quando o seu espírito se funde em expressões de glorificação a Deus, de humildade, fé e esperança” (Marialis Cultus, n. 18). Ora, a Igreja, todos os dias, apresenta ao Pai as necessidades de seus filhos, louva sem cessar o Senhor e intercede pela salvação do mundo.

O Concílio Vaticano II apresenta ainda Maria Virgem e Mãe. Possui, desse modo, uma “maternidade prodigiosa, constituída por Deus protótipo e modelo da fecundidade da Virgem-Igreja e, a qual, por sua vez, se torna também mãe, dado que, com a pregação e com o batismo, gera para vida nova e imortal os filhos concebidos por ação do Espírito Santo e nascidos de Deus” (Lumen Gentium, n. 64).

Maria é parte essencial da Igreja, e isso implica em dizer que a Igreja está dentro de Maria e Maria está dentro da Igreja. Essa verdade está explícita pelas palavras do Papa João Paulo II, na Encíclica Redemptoris Mater, onde ele diz: “Existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém” (Redemptoris Mater, n. 24).

Maria, Mãe da Igreja

Cristo é a cabeça da Igreja, (Ef 1,22) nós seus membros, (1Cor 12:27). Se Maria é Mãe de Jesus cabeça, não poderá deixar de ser também mãe dos seus membros. Maria é a mãe de todos os homens pela graça de Cristo Redentor.

Em suma, a partir do que refletimos, podemos dizer que Maria é a Mãe da Igreja pelo menos por dois motivos. O primeiro e mais importante, Ela é a mãe de Jesus Cristo, por isso mesmo tem uma particular colaboração na nova economia da salvação, isto é, o Filho de Deus assume dela a natureza humana, de modo a libertar o homem do pecado mediante o mistério de Sua carne. O segundo, não menos importante, em toda a comunidade dos eleitos, Ela é o melhor e mais perfeito modelo de virtude.


Fonte: Formação Canção Nova

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