Os membros da Presidência e os assessores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estão reunidos desde o dia 2 de fevereiro, no Vaticano, em Roma. A agenda faz parte da visita anual ao Pontífice e aos Dicastérios que integram a Cúria Romana, após a vivência da Assembleia Geral da CNBB.
O encontro com o Papa Francisco foi realizado na quinta-feira, 9 de fevereiro. Na ocasião, o grupo teve a oportunidade de agradecer ao pontífice por sua dedicação à Igreja no mundo todo e, especialmente, ao povo brasileiro, a quem se refere sempre como muito afeto.
Na viagem ao Vaticano, os membros da Presidência e os clérigos e religiosos que atuam no serviço de assessoria às Comissões e ao Secretariado Geral da CNBB visitaram os Dicastérios da Cúria Romana e vivenciaram seu retiro anual.
Dom Jaime Spengler, dom Mário Antonio e dom Joel Portella Amado foram entrevistados na Rádio Vaticano sobre o encontro com o Papa. Segundo dom Joel, o encontro entra nas comemorações dos 70 anos da CNBB e ratifica uma prática de a cada ano a presidência conversar pessoalmente com o Papa Francisco. Ouça a seguir:
Visita aos Dicastérios
Ao longo da semana, os assessores da CNBB tiveram a oportunidade de visitar os vários Dicastérios que integram a Cúria Romana, como é o caso do Dicastério para a Comunicação, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e o Dicastério para a Cultura e a Educação.
O padre Crispim Guimarães, assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, esteve reunido no dia 2 fevereiro com os secretários do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida do Vaticano.
Na ocasião, ele apresentou o trabalho realizado pela Comissão como os lançamentos da Pastoral Familiar no Brasil e os materiais que fazem parte da Trilha Vocacional para a vida em família.
“Foi uma conversa muito produtiva, eles viram os materiais e ficaram muito contentes e pediram para partilhar os materiais com outras conferências episcopais”, partilhou padre Crispim. Ele contou também que o secretário do dicastério, o brasileiro Gleison de Paula Souza, deverá ter os materiais como fonte de pesquisa para um doutorado sobre família.
No Dicastério para a Comunicação, houve também um momento de partilha e de encaminhamentos de articulações entre assessores da CNBB e o organismo da cúria.
Os quatro assessores da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB visitaram o Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé e foram recebidos pelo prefeito, o cardeal José Tolentino Mendonça, e a equipe que atua nas diversas áreas do organismo.
“Foi muito proveitoso, porque ouvimos algumas orientações e também o grande pedido de que nós pudéssemos trabalhar cada vez mais em parceria. Foi muito interessante ouvir o quanto a Igreja do Brasil tem atividades concretas, inovadoras e também presentes nos diversos campos de atuação, sendo até protagonista e até inspirando outras experiências pastorais, evangelizadoras para outras partes do mundo. Então, nesse sentido, nós percebemos o quanto o próprio Vaticano está desejoso de profundamente ouvir nossas experiências pastorais que, de certa forma, também inspiram na multiplicação de atividades como essas em outros países mundo afora”, partilhou o assessor do Setor Educação, padre Júlio César Evangelista Resende, que ressaltou ainda que a oportunidade de estar presente e conhecer os diversos departamentos e as pessoas responsáveis, “permite maior comunhão e apoio recíproco”.
Retiro dos Assessores
O grupo teve a oportunidade de vivenciar, ainda, um dia de retiro espiritual em Assis, na Itália, pregado pelo padre Geraldo Hackmann, da arquidiocese de Porto Alegre, teólogo e prefeito de estudos do Colégio Pio Brasileiro.
Com o tema “sentir a Igreja”, o retiro foi um momento de escuta, oração e partilha, segundo o subsecretário adjunto de pastoral da CNBB, padre Marcus Barbosa.
Tendo como texto bíblico referencial Jo 21, 15-19 e várias reflexões da teologia e do magistério da igreja, especialmente a Carta Encíclica Ecclesiam Suam, de 1964, escrita por São Paulo VI, todos foram convidados a refletir sobre como se sentem diante da Igreja.
“Uma das preciosas reflexões rezadas nesse retiro é que sem amor à Igreja – que é fruto do amor primeiro a Jesus Cristo, da experiência de ser verdadeiramente amigo de Jesus, nas escolhas, nas atitudes e nos gestos que realizamos – não há compreensão e nem mesmo missão da Igreja”, disse o padre Marcus Barbosa.
Missa no Túmulo de São Pedro
Outra atividade na manhã de quinta-feira, 9 de fevereiro, foi a celebração da Eucaristia no Sepulcro de São Pedro. A Missa foi presidida pelo arcebispo de Cuiabá (MT) e segundo vice-presidente da CNBB, dom Mário Antônio da Silva.
Fonte: CNBB