Papa: em tempo de guerras e seduções digitais, confiemos toda esperança a Deus

Imagem: Papa Francisco- Angelus 27/10/24 (Vatican News)

No Angelus da Imaculada Conceição, o Papa se detém sobre o esforço de possuir e dominar, sobre a fome de dinheiro, sobre o desejo de ter “amigos poderosos”, os “falsos modelos brilhantes” que vêm da mídia e da internet: deem lugar à docilidade na misericórdia do Pai, como a Virgem fez com seu “sim” ao Arcanjo Gabriel. “Hoje é um bom dia para decidir fazer uma boa Confissão”, completa. “O Senhor perdoa tudo”.

Maria colocou seu destino em boas mãos. Isto nos recorda a catequese do Papa Francisco no Angelus dominical da Solenidade da Imaculada Conceição, na iminência da abertura da Porta Santa do Jubileu. A origem periférica desta menina humilde e desconhecida, torna-se o centro de uma nova história. Até que ponto estamos dispostos, numa era angustiante e sombria, a fazer o que ela fez diante do Arcanjo Gabriel? Esta é a pergunta central que o Pontífice faz hoje.

Desejo de domínio ou confiança na misericórdia de Deus?

A contemplação da cena contada no início do Evangelho de Lucas, que o Papa recomenda ir e reler, dedicando um pouco de tempo, porque “garanto-vos que vos fará bem”, está em sintonia com os tempos de hoje. O Sucessor de Pedro. faz outra série de perguntas, como tinha feito na homilia da Missa celebrada pouco antes na Basílica. Mais uma vez, é o individualismo e o que dele se segue que preocupa o Papa.

No nosso tempo, agitado pelas guerras e concentrado no esforço de possuir e dominar, onde coloco a minha esperança? Na força, no dinheiro, nos amigos poderosos ou na infinita misericórdia de Deus? E diante dos tantos falsos modelos brilhantes que circulam na mídia e na internet, onde procuro a minha felicidade? Onde está o tesouro do meu coração? Será que Deus me ama gratuitamente, que o seu amor me precede sempre e que está pronto a perdoar-me quando volto a Ele arrependido? Ou estou me iludindo ao tentar afirmar a mim mesmo e a minha vontade a todo custo?

Em Maria o encontro do humano e do divino

O humano e o divino unem-se naquela pequena palavra dita por Maria. É “um momento abençoado”, sublinha o Papa. O destino de toda a humanidade dependia daquela atitude de uma mulher de Nazaré.

Como na cena da criação de Adão pintada por Michelangelo na Capela Sistina, onde o dedo do Pai celeste toca o do homem; então também aqui, o humano e o divino se encontram, no início da nossa Redenção, no momento abençoado em que a Virgem Maria pronuncia o seu “sim”.

Reserve um tempo para uma bela Confissão

Por fim, o Papa marca um encontro na Piazza di Spagna onde irá, como é habitual neste dia de celebração, prestar homenagem à estátua de Maria Imaculada. que nos remete e nos lembra daquele serviço da Palavra de Deus a que todos são chamados, renovar diariamente. Aqui Francisco acrescenta alguns conselhos de improviso: “Hoje é um bom dia para decidir fazer uma boa confissão”. E lembre-se que o Senhor perdoa tudo e todos. Ele volta à entrega da Virgem, que revela um mistério, um amor incondicional. 

Não há nada nela que resista à sua vontade, nada que se oponha à verdade e à caridade. Aqui está a sua felicidade, que todas as gerações cantarão. Alegremo-nos também porque a Imaculada Conceição nos deu Jesus, a nossa salvação!

Antonella Palermo – Notícias do Vaticano

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui