Ele tem olhos grandes e gentis, que transmitem toda a serenidade e doçura impressas na própria infância. Carrega no nome a força de um guerreiro: São Miguel Arcanjo, príncipe da milícia celeste!
Miguel Augusto Rosa, 6 anos, batizado na Igreja Matriz Nossa Senhora da Saúde, no dia 23 de junho de 2019. A data marca uma nova trajetória na vida desta criança, que é como tantas outras que dividem o tempo entre as brincadeiras e os primeiros passos na escola.
Na manhã de domingo, Miguel trocou os pés descalços e a correria no quintal de casa, com os primos e amigos, pelo banco da igreja. Sentou na frente, acompanhado pela mãe, Nayara Tamires Rosa, e pelos padrinhos Deílson Henrique Almeida e Janaína Santos Almeida.
Você deve estar se perguntando: mas o que há de tão especial no batismo do Miguel?
Todo batismo é especial, marca o “nascimento” da pessoa para a vida espiritual, inserindo-a no Mistério Pascal de Cristo e na sua entrada visível na Igreja, na comunidade de fé. Não há diferença, portanto, no batismo do Miguel e de todas as outras crianças batizadas no mesmo dia na Matriz da Saúde. Mas há significativa diferença no caminho percorrido por Miguel para chegar até aqui.
Miguel mora com a mãe Nayara e a avó Ana Cristina Rosa, na Comunidade Borrachudo, pertencente à zona rural de Itabira. Uma localidade que, até bem pouco tempo, não era regularmente assistida por nenhuma Paróquia. Desde 2018, no entanto, a Paróquia Nossa Senhora da Saúde tem desenvolvido um trabalho de evangelização e acolhimento comunitário. Iniciado pela irmã Tereza Squiavenato, ele segue agora com o auxílio de membros do Comipa (Conselho Missionário Paroquial) – composto por religiosas e leigos.
A comunidade, formada por cerca de 20 famílias, recebe visitas semanais dos missionários(as). Nestes encontros, realizados nas casas dos próprios moradores, a evangelização é feita, também, com a celebração da Palavra.
Embora os passos ainda pareçam pequeninos, os frutos começam a aparecer. As primeiras formações (cursos) é o que possibilitaram, por exemplo, o batizado do Miguel e tornarão possíveis à outras pessoas da comunidade (crianças, jovens e adultos) serem batizadas e iniciadas nos demais sacramentos da Igreja.
O Comipa se prepara, agora, para introduzir a catequese regular na comunidade, junto às famílias que têm sido receptivas à ação pastoral. A iniciativa vai de encontro ao desejo do Papa Francisco e do bispo diocesano, Dom Marco Aurélio Gubiotti, de construção de uma Igreja em Saída, permanentemente em contato com os fiéis, num pastoreio que se assemelhe ao do Bom Pastor – ao Daquele que deu a vida pela salvação de suas ovelhas.
O pároco Flávio Assis, que tem sido um grande incentivador e motivador da ação pastoral na Comunidade Borrachudo, destacou durante a homilia, na Missa em que Miguel e outras 6 crianças foram batizadas, o significado deste sacramento na vida diária do cristão católico: “É o batismo que nos torna participantes da comunidade de fé. Os batizados devem ser revestidos de Cristo; as nossas atitudes devem fazer aparecer o Cristo. Ser cristão não pode ser apenas uma marca, uma máscara, deve refletir em tudo. A vida do batizado passa pela oração e a oração deve ser uma atitude assumida e vivida”.
“Batizados e Enviados” poderia servir de “lema” para esta missão tão especial de evangelizar. É a resposta individual dos que têm atuado nesta comunidade e a resposta da Igreja, viva nesta Paróquia, à missão que Jesus destinou a cada batizado em particular e à Igreja como seu corpo: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
Assessoria de Comunicação
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