A arte da tradição cristã dos presépios e seus lugares nas igrejas do Brasil

“O Natal é uma festa cristã e os seus símbolos constituem uma importante referência para o grande mistério da Encarnação e do Nascimento de Jesus”, enfatiza o Papa emérito Bento XVI. 

 

Segundo Bento XVI, a árvore e o Presépio são elementos do “patrimônio espiritual cristão” e eles se contrapõem ao “consumismo e busca de bens materiais” na sociedade atual. Para os cristãos católicos, o Presépio faz parte da tradição Cristã e significa uma forma de levar os fiéis a viver a experiência do amor de Deus, do desapego, da fraternidade e da paz. 

Feitos de vários tamanhos, cores e materiais, o presépio napolitano surgiu no ano de 1223, na pequena cidade italiana de Greccio. Para ajudar os camponeses, em sua maioria iletrados, a compreenderem as Sagradas Escrituras, São Francisco de Assis encenou pela primeira vez o nascimento do Menino Deus.  

O termo presépio vem do latim Praesaepe, que significa estrebaria ou curral. Em 1290, a igreja de Santa Maria Maior, em Roma, foi reformada e nela instalada a Capela do Presépio, que abriga a gruta que sob o altar permanece o pedaço de rocha que serviu como manjedoura. 

Neste tempo natalino, por todo o Brasil, paróquias, santuários, dioceses e arquidioceses preparam seus presépios, essa arte que remonta e celebra o nascimento do menino Jesus em Belém, na Judéia. A tradição de montar presépio chegou ao Brasil no século XVII e foi montado pela primeira vez em Olinda (PE) pelo religioso Gaspar de Santo Agostinho.

Na diocese de Santos (SP), há 27 anos acontece uma exposição de presépios do Santuário de Santo Antônio do Valongo. A mostra reúne obras de diversos artistas brasileiros e internacionais. Esse ano o tema é: “É Deus, e se parece comigo!”

Exposição de presépios na Diocese de de Santos (SP) – foto de Frei Denilson de Freitas da Silva

 

De acordo com o Frei Denilson de Freitas da Silva, para a mostra os artistas privilegiaram o aspecto familiar em materiais como crochê, tricô, aço, retalhos de panos, cimento, resina, fios de lã, feltro e barro. “São 42 presépios confeccionados por com nomes renomados, mas também tem obras de artistas locais como o dos agentes da pastoral da criança”, disse. 

A exposição que começou dia 9 de dezembro segue até 26 de janeiro, com visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 17. O Santuário fica no Largo Marquês de Monte Alegre, 13, no Valongo e é uma das quatro Igrejas mais antigas de Santos. 

Segundo o frei Denilson, a exposição “representa a oportunidade para os artistas colocarem à disposição seu trabalho do ponto vista cultural, mas, sobretudo, é um momento de integração familiar e de promoção da evangelização através cultura e da arte”, ressalta.  

Já em Minas Gerais, na arquidiocese de Uberaba, a paróquia São Geraldo Magela também montou um presépio que tem chamado a atenção. Em tamanho real com elementos naturais como madeira, areia, galhos de árvore e iluminação especial, o presépio que tem mais de 30 metros quadrados, foi inaugurado no último domingo, 12 de dezembro. 

Foto: Paróquia São Geraldo Magela – Uberaba (MG)

A montagem do presépio começou no dia 17 de outubro, logo após da festa de São Geraldo e contou com a participação de muitos voluntários. No espaço os visitantes podem passear pelo presépio e ao longo do caminho vão encontrar, pássaros, galinhas, coelhos, uma roda d´água e dois lagos com peixes.

Além do espaço especial onde estão as imagens de Maria, José, o menino Jesus e os reis magos. A obra de arte pode ser visitada até o dia 31 de dezembro, das 8h às 12 e de 14h30 às 21h30. A Paróquia São Geraldo Magela fica na rua Francisco Munhoz Lopes, 355 – bairro Alfredo Freire.

No Distrito Federal, os catequistas da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Sobradinho, contam a história do nascimento de Jesus aos catequizandos e confiaram aos pequenos a missão de montar o presépio na paróquia, numa experiência que também é vivenciada nas casas. A catequista Tia Alice, conta em vídeo como foi a experiência da montagem do presépio com as crianças.

Veja o vídeo:

 

Fonte: CNBB

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