Um início diferentemente bom

Imagem: foto/reprodução de ACN Brasil

Foi na Galileia que Jesus iniciou o seu ministério (cf. Lc 4, 14ss), e em plena Sinagoga de Nazaré apresentou o seu projeto de vida. Importantes acontecimentos que foram, antecipadamente, muito bem preparados por Jesus. Para isso ele contou com uma boa base familiar, uma boa base religiosa e uma importante intimidade com Deus, capaz de superar qualquer tentação. Muito significativo nos determos alguns instantes nesta reflexão sobre o “iniciar” das coisas, pois também estamos em uma situação similar, praticamente dando início às nossas atividades neste novo ano de 2022. O que aprender de Jesus para assim “iniciarmos” bem esta nova etapa?

Quantos de nós já engavetaram aqueles propósitos assumidos no início de anos anteriores? É comum esquecermos rapidamente e voltarmos ao ritmo normal do que já fazíamos antes. Será que nos faltou o devido preparo? Ainda assim, sempre somos interpelados e provocados pelo desejo de buscar algo diferente, novo, mesmo que isto nos cause surpresas e receios.

Por Jesus e com Jesus assumimos nossa missão

Jesus é conhecedor da sua própria missão e, nEle, também passamos a conhecer a nossa. Jesus se preparou, buscou sua força em Deus e, nEle, encontramos a nossa força. Ele superou o difícil e exigente momento das tentações e, nEle, adquirimos resistência para atravessar as muitas tribulações e incertezas presentes em nossa vida. Sem Jesus seremos seduzidos e dominados pelas fascinantes propostas que nos distanciam de Deus e da missão que Dele recebemos. Em suma: sem Jesus, nunca teremos um ano verdadeiramente novo!

É uma contradição ser chamado “cristão” e passar pela vida sem se comprometer com o projeto de Jesus, sem testemunhar e proclamar o seu Evangelho ao nosso redor, indiferentes com o sofrimento das pessoas, sobretudo dos “pobres”, dos “cativos”, dos “cegos” e dos “oprimidos”. E disso não podemos fugir: ou a Igreja assume como sua “grande preocupação” aquela que foi e continua sendo “a grande preocupação de Jesus” ou, então, deixa de ser a Igreja de Jesus.

 

Fonte: ACN Brasil – por Frei Rogério Lima – Assistente Eclesiástico Nacional da ACN

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