Francisco enviou uma mensagem para a 5ª Conferência Global que se realiza em Durban, na África do Sul, que trata da eliminação da exploração do trabalho crianças e adolescentes: lutamos contra o fenômeno “de forma resoluta, conjunta e decisiva” para devolver aos pequenos a vida a que eles têm direito.
Por Alessandro De Carolis
“A pobreza é a mãe de toda a exploração. A miséria que acompanha a ausência de proteção dos direitos elementares é o abismo em que caem milhões de pessoas todos os anos, começando por aqueles que não sabem se defender, meninas e meninos, e se encontram “arando os campos, trabalhando nas minas, percorrendo grandes distâncias para tirar água e realizando trabalhos que os impedem de frequentar a escola, sem falar do crime da prostituição infantil.” É que escreve o Papa na mensagem enviada à Organização Mundial do Trabalho (OIT), citando as situações dramáticas vividas por “milhões de meninas e meninos” condenados “a uma vida de empobrecimento econômico e cultural”.
Desarraigar as causas
A mensagem do Papa foi enviada aos participantes da 5ª Conferência Global sobre a Eliminação do Trabalho Infantil, que começou no último domingo em Durban, na África do Sul, e está programada até a próxima sexta-feira. A mensagem aos participantes da conferência foi lida nesta terça-feira (16/05), pelo núncio apostólico no país, dom Peter Bryan Wells, que deu voz à preocupação de Francisco com uma “tragédia” agravada nos últimos anos, “pelo impacto da crise global da saúde e pela difusão da pobreza extrema em muitas partes do nosso mundo”. Para aquelas “mãos muito pequenas” obrigada a fazer o que nenhuma criança deveria, o Papa pede aos “organismos internacionais e nacionais competentes” um “compromisso maior” para desarraigar “as causas estruturais da pobreza global e a desigualdade escandalosa que continua existindo entre os membros da família humana”.
Fonte: Vatican News