Celebramos hoje, 23/05, a Solenidade de Pentecostes que nos insere no Mistério da Páscoa de Cristo, que chega à sua plenitude, pelo envio do Espírito à sua Igreja, nascida da redenção do Senhor.
A solenidade de Pentecostes é celebrada cinquenta dias após a Vigília Pascal, na qual recordamos a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e a Virgem Maria, que se encontravam reunidos em oração, conforme o Senhor Jesus havia pedido antes de voltar para o Pai: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar” (At 1,4). No dia de Pentecostes, a promessa do Pai de enviar Espírito foi realizada, “reunidos no mesmo lugar” (At 2,1), esperando e perseverando em oração (cf. At 1,14). Este, irá ensinar a Igreja e vai recordar tudo o que Jesus disse, dando ânimo para os discípulos que impelidos por tal força do Alto, irão dar início a missão de levar a todos os povos o Evangelho de Cristo.
“No dia de Pentecostes, a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731).
“O termo Espírito traduz o termo hebraico Ruah que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente d’Aquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito Divino. Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às Três Pessoas Divinas. Mas, juntando os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos espírito e santo” (CIC, n. 691).
O cristianismo nasce da experiência comunitária da presença e da força do Ressuscitado. Essa presença implica a transcendência do tempo, mudando situações e vida, dando uma dimensão nova ao viver em comunidade. Para Jesus não há barreiras: “Jesus entrou. Ficou no meio deles e os saudou”. É a mesma saudação de despedida (Jo 14,27), “a paz esteja convosco”. A paz, a alegria, a certeza são os fundamentos dessa vida nova. A aceitação dos outros, levando até a radicalidade do perdão, são condições de uma nova humanidade.
A Solenidade de Pentecostes é um fato marcante para toda a Igreja e todos os povos, pois nela tem início a ação evangelizadora para que todas as nações e línguas tenham acesso ao Evangelho e à salvação mediante o poder do Espírito Santo de Deus.
Nessa celebração, somos convidados e enviados para professar ao mundo a presença do Espírito Santo. Invocamos a efusão do Espírito para que renove a face da terra e aja com a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações.
“Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.”
Fonte: com informações do Santuário de Nossa Senhora de Loreto, Catecismo da Igreja Católica (CIC)