Solenidade da Assunção marca o encerramento das festividades da padroeira Nossa Senhora da Saúde

Missa Solene da Festa da Padroeira Nossa Senhora da Saúde - 15/08/2021

“O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam” (Lc 1,49s)

 

Um domingo para exaltar a grandeza do Senhor, reconhecendo sua bondade e sua infinita misericórdia. Assim nos conduziu Maria. Em nossa paróquia, venerada como a Bem-Aventurada Mãe da Saúde.

Com Maria, percorrermos um caminho de intensos dez dias de orações, devoção e comunhão diária com Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia. A proximidade entre Mãe e Filho se fez presente deste o primeiro dia da novena em honra a padroeira. As celebrações, este ano, começaram exatamente na Festa da Transfiguração do Senhor (06/08), na primeira sexta-feira do mês, dia em que celebramos também o Sagrado Coração de Jesus. E não menos significativo, a Solenidade da Assunção, 15 de agosto, caiu exatamente no domingo, Dia do Senhor.

Observemos o que disse São Paulo na 2ª leitura do domingo (1Cor 15,20-27a), sobre o caminho a ser percorrido para alcançar a vida eterna: “(…) por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. (…) em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda”.

Maria, que foi o tabernáculo para a “Nova e Eterna Aliança”, o abrigo para a primeira vinda de Cristo, agora, em Jesus revive na glória dos céus. Esta certeza de que a Mãezinha – pelo sim, por obediência e por amor -, foi assunta à glória celeste nos convida a imitar seu exemplo – não apenas para que possamos ser merecedores da ressurreição, mas, sobretudo, para dignificar o Pai que é o verdadeiro merecedor de toda a nossa entrega e fidelidade.

A novena

“Com Maria, somos Igreja doméstica, unida pela Aliança” – o tema deste ano, refletido diariamente a partir do chamado particular de cada lema, proporcionou aos fiéis meditar mais profundamente sobre a importância da família.

O fortalecimento das igrejas domésticas e da instituição familiar, tão insistentemente debatido pelo Papa Francisco, esteve na pauta da Semana Nacional da Família (8/08 a 14/08), período em que celebramos a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Saúde (6/08 a 15/08).

Todos os dias, antes da Santa Missa, os fiéis ser reuniram para a oração do Terço Mariano. “Se quiserdes que a paz reine em vossas famílias e em vossa Pátria, rezai todos os dias, em família, o Santo Rosário” (São Pio X). Na grande família de paroquianos e fiéis de tantas outras comunidades, a reza diária do terço foi um momento de grande espiritualidade, preparando o povo de Deus para o banquete eucarístico.

Reza do terço antes da Santa Missa

Na terça-feira, uma tarde especial para os enfermos. Em função da pandemia, muitos idosos e doentes não têm participado da Santa Missa. Para proporcionar um ambiente ainda mais seguro e acolhedor, a equipe de organização e o Padre Paulo Marcony incluíram na programação uma Celebração Eucarística, às 15h. Longe do frio noturno e em horário comercial, a Igreja Matriz ficou toda para eles. No cuidado e zelo pastoral, o pároco ofereceu a cada enfermo o Santo Óleo da Unção. Instante de bênçãos e graças que emocionou os presentes e levou alguns às lagrimas.

Na quinta-feira, 12/08, data de aniversário natalício do Padre Paulo, além do terço e da Celebração Eucarística, um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, com bênção após a missa.

Como convidados, presidiram a Santa Missa, concelebrada pelo Padre Paulo Marcony, na terça-feira, o Padre Eugênio Ferreira de Lima, da Paróquia Cristo Rei/Ipatinga; na quarta-feira, o Padre Vinícius Costa Lopes, da Paróquia São João XXIII/ Diocese de Governador Valadares; e na sexta-feira, 13/08, o bispo da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, Dom Marco Aurélio Gubiotti.

Padre Eugênio e Padre Vinícius
Padre Paulo e Dom Marco Aurélio

Festa de encerramento

“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1,42)

Foi assim que Isabel saudou Maria, com uma frase eternizada na mente e no coração dos católicos. “Cheia do Espírito Santo”, Isabel, “com um grande grito, exclamou: ‘Bendita’”.

A exclamação de Isabel não partiu de si mesma, foi revelada pelo Espírito de Deus: “Bendita”. Abençoada entre todas as mulheres, Amada, A Escolhida por Deus para conceber no ventre o Seu Filho, a Sua Encarnação.

Também nós exultamos! Por ter Maria a nossa frente, suavizando os caminhos que nos levam a Jesus Cristo.

A primeira Santa Missa do domingo festivo foi celebrada às 7h30; às 10h, a Ação de Graças foi com as crianças, e às 16h, a imagem de Nossa Senhora da Saúde “peregrinou” por várias ruas do setor da Comunidade Matriz.

Que momento! Impossível traduzir com fidelidade! É sempre uma emoção única quando a Mãezinha sai dos altares e segue pelas ruas, junto com seu povo, ao lado, em frente, atrás, de mãos dadas. Quanto amor nosso povo tem por Ela. Quanta devoção à Mãe da Saúde, sobretudo em tempos de tantas perdas. Quantos fiéis pedindo bênçãos! Quantas pessoas se entregando a intercessão Daquela que intercede desde o primeiro momento da vida pública de Cristo, como nas bodas de Caná. E nós, com grande confiança, sabemos que Ele a atende!

A peregrinação/carreata, pelo segundo ano consecutivo, foi a única oportunidade que muitos tiveram de sentir esta vibração interior por celebrar Maria. Alguns, apenas das janelas dos prédios, acenando, fazendo o Sinal da Cruz – marca dos cristãos católicos. Outros, em frente às casas, com pequenos altares, balões, bandeirolas, toalhas brancas nos muros…, joelhos dobrados no chão duro das calçadas…, e um sorriso que, para além das bocas, reflete nos olhos a alegria escancarada da alma.

É isso que Maria faz com a gente: nos liberta das amarras que nos distanciam de Jesus Cristo. Cada “bolinha” do Rosário é como um degrau de uma gigantesca escada: é preciso subir um de cada vez, vencer cada continha porque ao final das orações… é sempre o Cristo que está lá, glorioso, sorridente, abrindo as portas para a casa do Pai. Como disse São Paulo: “em Cristo todos reviverão”.

Após a carreata, os fiéis, conduzidos pela Pastoral da Família, rezaram o Terço Mariano antes da Missa Solene. A Matriz Nossa Senhora da Saúde com sua capacidade máxima de acolhimento – ainda pouco, dada a pandemia, mas um avanço significativo se comparado ao ano passado.

E é neste contexto de pandemia que salta em nós um trecho do Evangelho, destacado também durante a homilia: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” (Lc 1,43). Nas palavras do Padre Paulo Marcony, “neste tempo de pandemia, muita gente fez como Maria, saiu da sua casa e foi ajudar aquele outro que estava passando por uma necessidade, seja para dar uma palavra amiga, levar um alimento, estar presente, consolando aquele que está triste. O encontro de Isabel com Maria foi marcado pela alegria; o encontro de João Batista com o Menino Deus – um encontro de esperança, de amor”.

 

Esperança e amor são motivações que nos ajudam a prosseguir em meio as adversidades. A fé e a confiança em Deus são os meios que nos levam a isso.

Findamos mais uma festa. Renovamos nossos votos de amor a Jesus também por meio da Sua Mãe. Nossa casa, a Igreja Matriz, é assim: inteiramente de e para Deus. No altar-mor é a Sagrada Família que recebe nosso olhar no instante em que passamos pela porta principal. Ao elevarmos um tico a mais os olhos, nos deparamos com o sinal do sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo – o Crucificado. Durante as festividades, para nos lembrar diariamente que somos pertença do Pai, ficou ali, no lugar da imagem da padroeira, a imagem símbolo do Espírito que nos infla, que nos instiga, que nos fortalece, que abrasa nosso coração e nos impulsiona, a Pomba.

Uma parte da história, da memória religiosa e cultural de Itabira “desceu do altar-mor” da Matriz Nossa Senhora da Saúde. A imagem da padroeira, uma obra de arte com mais de 170 anos, não apenas atraiu os olhares, mas impulsionou um mergulho nas orações. Ela retornará ao seu lugar, mas esta certeza de sua presença em nossa vida, em nossa caminhada é algo fixo e entranhando no coração – morada de onde a Mãezinha não sai.

Bendita és, Maria, Mãe da Saúde! Rainha do Céu! Mãe do Salvador!

 

Liliene Dante

 

Fotos e vídeos da novena e festa estão disponíveis na página da Paróquia no Facebook. Clique aqui

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