Segundo a mensagem da Secretaria Geral do Sínodo, “ao longo destas décadas, o Sínodo tem-se colocado constantemente a serviço do Concílio, contribuindo por sua vez para renovar o rosto da Igreja, numa fidelidade cada vez mais profunda à Sagrada Escritura e à Tradição viva e na escuta atenta dos sinais dos tempos”.
Foi divulgada a mensagem da Secretaria Geral do Sínodo para o 60º aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, celebrada na terça-feira, 11 de outubro.
“O 60º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II é um momento de particular graça também para o Sínodo, que representa um fruto daquela assembleia ecumênica, na verdade um dos «legados mais preciosos». O Synodus Episcoporum, de fato, foi instituído por São Paulo VI no início do quarto e último período do Concílio (15 de setembro de 1965), indo ao encontro dos pedidos feitos por numerosos padres conciliares”, ressalta o texto, publicado nesta segunda-feira (10/10).
Prolongar o estilo do Concílio Vaticano II
“O objetivo do Sínodo foi e continua sendo o de prolongar, na vida e missão da Igreja, o estilo do Concílio Vaticano II, bem como fomentar no Povo de Deus a apropriação viva do seu ensino, na consciência de que esse Concílio representava «a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX». Este objetivo está longe de estar cumprido, uma vez que a recepção do magistério conciliar é um processo contínuo, e em alguns aspectos ainda está no início.”
Segundo a mensagem da Secretaria Geral do Sínodo, “ao longo destas décadas, o Sínodo tem-se colocado constantemente a serviço do Concílio, contribuindo por sua vez para renovar o rosto da Igreja, numa fidelidade cada vez mais profunda à Sagrada Escritura e à Tradição viva e na escuta atenta dos sinais dos tempos. As suas Assembleias – Gerais Ordinárias, Gerais Extraordinárias e Especiais – foram todas permeadas, cada uma à sua maneira, pela linfa vital do Concílio, aprofundaram os ensinamentos, abriram potencialidades diante dos novos cenários, fomentaram a inculturação entre diferentes povos”.
“O atual processo sinodal, dedicado à «Sinodalidade na vida e missão da Igreja», está também na esteira do Concílio. A sinodalidade é um tema do Concílio, ainda que este termo, de cunhagem recente, não se encontre expressamente nos documentos da assembleia ecumênica. A carta magna do Sínodo 2021-2023 é a doutrina do Concílio sobre a Igreja, em particular a sua teologia do Povo de Deus, um Povo que «tem pela sua condição a dignidade e liberdade dos filhos de Deus, em cujos corações o Espírito Santo habita como num templo».”
Unidos em comunhão pela única fé
“Afinal, «comunhão, participação e missão», termos que o Papa Francisco quis incluir no próprio título do caminho sinodal, fazendo delas, por assim dizer, as palavras-chave, são palavras eminentemente conciliares. A Igreja que somos chamados a sonhar e a construir é uma comunidade de mulheres e homens unidos em comunhão pela única fé, o batismo comum e a mesma Eucaristia, à imagem de Deus Trindade: mulheres e homens que juntos, na diversidade dos ministérios e carismas recebidos, participam ativamente no estabelecimento do Reino de Deus, com o anseio missionário de levar a todos o alegre testemunho de Cristo, o único Salvador do mundo”, destaca a mensagem.
Por fim, recorda-se no texto que “Bento XVI afirmava que «a dimensão sinodal é constitutiva da Igreja: ela consiste na reunião de todos os povos e culturas para se tornarem um só em Cristo e caminharem juntos no seguimento, daquele que disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. No mesmo horizonte, o Papa Francisco, comemorando o 50º aniversário da instituição do Sínodo, afirmou que o caminho da sinodalidade, «dimensão constitutiva da Igreja», «é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio»”.
Fonte: Vatican News