Na oração universal da liturgia da Paixão do Senhor na Sexta-feira Santa, o convite para invocar o Senhor “pelos governantes para que ilumine as suas mentes e corações para buscar o bem comum em verdadeira liberdade e paz”.
Por Andressa Collet
Tendo em vista o abrandamento da pandemia, mesmo com velocidades diferentes em cada país, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos não pretende oferecer novas disposições para as celebrações da Semana Santa deste ano, além daquelas a serem observadas em tempos de Covid-19. Segundo uma nota divulgada (25/03) e assinada pelo prefeito, dom Arthur Roche, e pelo secretário, o arcebispo Vittorio Francesco Viola, “a experiência que as Conferências Episcopais adquiriram nestes anos é certamente capaz de lidar com as diversas situações da maneira mais apropriada, tendo sempre o cuidado de observar as normas rituais contidas nos livros litúrgicos”.
Na nota, enviada aos bispos e às Conferências Episcopais, o convite para exercitar “a prudência, evitando gestos e comportamentos que poderiam ser potencialmente arriscados. Toda avaliação e decisão deve ser sempre feita de acordo com a Conferência Episcopal, que levará em consideração com as normas que as autoridades civis competentes estabelecerão nos diversos países”.
A intenção pela paz na oração universal
Nos últimos dias, continua a nota, o Papa Francisco convidou a rezar, “pedindo a Deus o dom da paz para a Ucrânia, para que esta “guerra repugnante” possa chegar ao fim”. Junto com a Ucrânia, ressalta a congregação, “também queremos lembrar todos os outros conflitos, infelizmente sempre numerosos, em muitos países do mundo: uma situação que o Papa Francisco descreveu como uma terceira guerra mundial em pedaços”.
Nesse sentindo, já que a liturgia da celebração da Paixão do Senhor na Sexta-feira Santa nos convida a elevar a Deus a nossa súplica pela Igreja e o mundo inteiro, “na oração universal invocaremos o Senhor pelos governantes para que ilumine as suas mentes e corações para buscar o bem comum em verdadeira liberdade e em verdadeira paz, e por aqueles que estão em provação para que todos possam experimentar a alegria de ter encontrado a ajuda da misericórdia do Senhor”. Uma oração para se fazer desde já em prol dos irmãos “que vivem a atrocidade da guerra, especialmente na Ucrânia”.
A Congregação para o Culto Divino recorda que “em caso de grave necessidade pública, o bispo diocesano pode permitir ou estabelecer que uma intenção especial seja acrescentada” (Missale Romanum, editio typica tertia, p. 314, n. 13). O desejo final, então, “que a celebração da Páscoa traga a todos a esperança que só vem da ressurreição do Senhor”.
Fonte: Vatican News