São Pedro Claver: “o servo dos escravos”

Hoje, 9 de setembro, a Igreja celebra a memória litúrgica de São Pedro Claver, sacerdote jesuíta que dedicou sua vida aos escravos negros que chegavam ao porto de Cartagena na Colômbia vindos da África durante o século XVII. Morreu em 1654 vítima da epidemia de peste

Pedro Claver (1580-1654) dedicou sua vida aos escravos que chegavam à América do Sul vindos da África. Na época havia um acordo tácito da sociedade que não os consideravam humanos. Ao longo de 35 anos, Pedro Claver demonstrou uma compaixão sem limites pelos abandonados, pondo em prática o ditado de Alonso Rodriguez: “Buscai a Deus nos homens e sirva-os como sua imagem”.

De Barcelona a Cartagena

O primeiro encontro de Claver com os jesuítas foi em Barcelona como estudante universitário. Ele entrou na Sociedade em 1602 e estudou filosofia na ilha de Mallorca, no colégio de Montesión, onde o Irmão Alonso Rodríguez, já bem conhecido por sua santidade, era o porteiro. O santo Irmão acendeu no jovem jesuíta o desejo de fazer algo por Deus, e sugeriu que ele pensasse em ser um missionário no Novo Mundo. Pedro Claver se ofereceu para ir às missões, e o provincial o enviou à Colômbia em 1610. Antes de terminar seus estudos teológicos em Bogotá, Claver foi para Cartagena, na costa do Caribe, onde foi ordenado em 1616 e onde passaria o resto de sua vida, servindo os escravos que vinham da África.

Aguardava os escravos no porto

Cartagena era um dos dois portos espanhóis autorizados a receber escravos; na época de Pedro Claver, estima-se que cerca de 10.000 passavam pelo porto. Chegaram em condições horríveis após uma viagem muito longa. Claver esperava-os no cais levando alimentos que tinha conseguido como esmolas. Acompanhado de ex-escravos que atuavam como intérpretes, ele subia nos navios e cumprimentava os que encontrava no convés antes de descer ao porão para cuidar dos doentes. Limpava feridas, aplicava pomadas e curativos e falava de Deus.

Batismo

Os escravos ficavam poucos dias em Cartagena, por isso Pedro Claver agia com rapidez para prepará-los ao batismo. Deste modo batizou muitos escravos, embora a instrução fosse necessariamente limitada. Também visitava hospitais, um dos quais era para leprosos, e cuidava de prisioneiros de guerra holandeses e ingleses. Em 1650 Cartagena sofreu uma epidemia de peste, e Pedro Claver foi uma de suas vítimas, depois de ter atendido outros pacientes com a mesma doença.

 

Fonte: Vatican News – via https://www.jesuits.global

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