Bispos, padres e leigos, membros de Entidades Negras Católicas, estiveram reunidos na capital baiana durante a 10ª edição do Congresso Nacional de Entidades Negras Católicas (CONENC).
O encontro aconteceu no Centro de Treinamento de Líderes (CTL), localizado em Itapuã. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo enviou uma mensagem aos participantes.
Um dos momentos mais importantes aconteceu na sexta-feira (23). Às 18h foi celebrada a Santa Missa na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Pelourinho), presidida pelo arcebispo da arquidiocese de Feira de Santana e referencial para a Pastoral Afro-brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Zanoni Demettino Castro.
“O objetivo foi compartilhar nossa experiência de fé. Somos homens e mulheres negros e negras vivendo em diferentes pontos/Estados de nosso Brasil, chamados a evangelizar. Representamos a Igreja no Brasil em sua diversidade e pluralidade missionária, conscientes que pelo Batismo somos assimilados a Cristo; «todos nós fomos batizados no mesmo Espírito, para formarmos um só corpo» (1 Cor. 12,13) (LG7), que é a Igreja.
Como afirma o Papa Francisco: a diversidade cultural não ameaça a unidade da Igreja (EG 117)”, diz o secretário ad hoc do CONENC, padre Guanair da Silva Santos.
Entre as ações do Congresso Nacional das Entidades Negras Católicas esteve a promoção da inculturação da fé a partir das diversas realidades culturais afro-brasileiras na vivência do mandamento de Cristo: ‘Ide e Evangelizai a todas as criaturas’ (Mt. 28,19-20).
É importante destacar que o CONENC é uma ação da missão evangelizadora da Igreja no Brasil. A programação do evento encerrou no dia 25 de setembro e contou com conferências, partilhas de experiências em grupos de trabalho, plenárias, rodas de conversas, momentos culturais de oração e missas.
Vale ressaltar que o CONENC visa fortalecer o diálogo ad intra para com os agentes leigos, padres e bispos; favorecer o diálogo inter-religioso; promover diálogo bilateral com as religiões de matriz africana em sua diversidade, num mútuo respeito às tradições; implementar a ação da Pastoral Afro-brasileira junto às Irmandades, Congadas, paróquias, dioceses e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; dialogar com os Movimentos Negro Social na construção de uma Sociedade justa e fraterna; promover a paz e o Bem Comum, para diminuir a intolerância, racismos e preconceitos; além de ser espaço de memória reflexiva que atualiza o compromisso da fé cristã com um projeto de evangelização inclusiva e prática antirracista; e estimular a vivência de uma espiritualidade inculturada a partir da Cruz de Cristo (Gl 6,14; Jo 19,25-27).
Com informações
Sara Gomes – Jornalista do regional Nordeste 3 da CNBB