Ritos da Comunhão- Formação

Imagem: reprodução Paróquia Nossa Senhora da Saúde - Crisma

Os ritos da Comunhão se compõem das seguintes orações e gestos:

 

 A Oração do Senhor:

Nessa Oração é reconhecida a Santidade de Deus, que venha o seu Reino e a sua vontade se estabeleça na terra como no céu. Pede-se ainda o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo, o Pão Eucarístico, implora-se o perdão dos pecados, a vigilância para não cair em tentação e a libertação de todo mal.

O presidente da celebração e o povo recitam juntos a Oração do Senhor que, continua com o embolismo (livrai-nos de todos os males…), e que o povo encerra com a doxologia (vosso é o reino, o poder…). O embolismo (que continua o sentido da oração precedente) e a oração da paz são presidenciais, proferidos só pelo presidente da celebração. O rito da paz exprime sempre a mútua caridade que dispõe a assembleia para participar do mesmo pão. Que o abraço da paz seja sóbrio e dado aos que estão mais próximos. Cuidado para não criar ruídos que desfavoreçam a dignidade da celebração.

 Fração do Pão

Ação ritual visível, reporta ao “gesto realizado por Cristo na última Ceia e que nos tempos apostólicos foi o que serviu para denominar a íntegra da ação eucarística”. Este gesto “significa que muitos fiéis, pela comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo”. A mesma inicia-se terminado o abraço da paz, com a devida reverencia, contudo, de modo que não se prolongue desnecessariamente, nem seja considerada de excessiva importância. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono, ficando, portanto, excluídos os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Canta- se durante a fração do pão o Cordeiro de Deus, que pode se repetir quantas vezes for necessário até o final do rito, concluindo com as palavras dai-nos a paz.

 Comunhão

O sacerdote reza em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e o Sangue do Senhor. A comunidade reunida o acompanha em silêncio fazendo o mesmo. A seguir mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice (decreto sobre a terceira edição típica do Missal Romano) e os convida ao banquete de Cristo. Fiéis e sacerdote recebam o Corpo do Senhor em hóstias consagradas na mesma Missa e participem do mesmo cálice, para que também através dos sinais, a comunhão se manifeste mais claramente como participação no sacrifício celebrado atualmente. A distribuição da sagrada comunhão é feita pelo celebrante, diácono (se houver) e conforme a necessidade, por ministros leigos extraordinários da sagrada comunhão. Durante a mesma canta-se um canto apropriado.

 Comunhão sob as duas espécies

A Instrução Geral do Missal Romano, de 20 de abril de 2000 afirma: a comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal, quando sob as duas espécies. Sob esta forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de se realizar a nova e eterna aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai”. (IGMR, 281). “Ao Bispo se concede a faculdade de permitir a comunhão sob as duas espécies sempre que isso parecer oportuno ao sacerdote a quem, como pastor próprio, a comunidade está confiada, contanto que os fiéis tenham boa formação a respeito e esteja excluído todo perigo de profanação do sacramento ou o rito e torne mais difícil, por causa do numero de participantes ou por outro motivo”. (cf. IGMR, 283).

 Atenção: Nas dioceses onde onde os Bispos concederam a faculdade para a comunhão sob as duas espécies, devem ser observadas as disposições na Instrução Geral do Missal Romano, dos números, 240 – 252.

Terminada a comunhão dos fiéis, observe-se um tempo de silêncio. Não é momento para recitar orações como pai nosso, ave-maria, cantar “cantos de ação de graças” ou ler mensagem final, pois toda a Eucaristia é Ação de Graças. Muitas vezes tem-se a impressão de que a Celebração Eucarística não foi suficiente, e isto porque, como disse Bento XVI, rezamos muito mal, sem mística, sem espiritualidade, sem a contemplação do mistério, no barulho e no muito falar.

 Dom Sérgio Aparecido Colombo (Diocesano de Bragança Paulista)

 

 

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