Jesus ordena a evangelização em todo o mundo. É essa nossa herança, no momento que ascende para junto do Pai.
A segunda leitura tirada de Efésios 1, 17-23 nos fala da grandeza de Jesus. O Pai o ressuscitou e o fez sentar-se à sua direita. Ao Cristo é entregue todo poder. Também ao Cristo se subordinam todas as coisas, neste mundo e no outro. Ele é a cabeça da Igreja e ela, o seu corpo. O Cristo possui a plenitude universal.
O Evangelho de Marcos 16, 15-20 nos fala das últimas orientações de Jesus Cristo antes de subir ao Pai e assumir seu poder e ficar envolvido de glória!
Jesus ordena a evangelização em todo o mundo. É essa nossa herança, no momento que ascende para junto do Pai. O Mestre nos confia essa missão, mas o que significa confiar, senão colocar sob nossa guarda, acredita em nossa fidelidade. Aí vemos o conflito com um grande número de ideólogos que criticam levar o Evangelho e o batismo para nossos indígenas e povos com religiões ancestrais.
Mas o que significam os sinais que acompanharam os crentes? Expulsar demônios, curar doentes etc.? Certamente não deveremos entender ao pé da letra, mas em algo mais forte e mais profundo como a mudança paulatina da Humanidade, o surgimento de um mundo novo, composto por aqueles que aceitam a Vida com tudo o que ela proporciona e exige para se fortalecer. Os sacrifícios e as abnegações, provocados pelo Amor, não serão em vão, mas fertilizantes para um mundo mais fraterno, mais humano, como sempre foi querido por Deus. E o finalzinho de nossa perícope esclarece o porquê do êxito ou do fracasso da transformação do mundo, ou seja da evangelização: “O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam”. Na maioria das vezes é impossível reconhecer esses sinais no momento presente, mas depois de um tempo, olhando para trás, vemos a caminhada e podemos detectar os efeitos das palavras bem ditas! Aí saberemos se nosso agir, não apenas nossas palavras, revelam a presença da Vida, de Jesus, na família, no trabalho, no ambiente social em que vivemos, no mundo em que habitamos. Proporcionamos o restabelecimento, a reintegração daqueles que uma situação excludente os colocou para fora do ambiente social? Continuamos a missão de Jesus, o nosso Mestre?