“Pedi, pois ao Senhor da Messe” (Mt 9,38)

Igreja de Santa Cruz das Almas dos Enforcados/SP - Foto: Anderson Santos em Unsplash

O mês de agosto é especial para a Igreja, pois recordamos e rezamos por todas as vocações. Igreja: uma sinfonia vocacional é o tema e o lema: “Pedi, pois, ao Senhor da Messe” (Mt 9,38).

 

Para entendermos a proposta, cabe salientar que “sinfonia” é uma palavra de origem grega que significa “todos os sons juntos”, em uma cantiga harmoniosa. Ao compreendermos a Igreja como uma sinfonia vocacional, tomamos consciência, que, assim como uma sinfonia tocada por uma orquestra, há uma partitura, e esta é fundamental para entoar a música de modo harmônico; assim é também com todas as vocações unidas e distintas em harmonia, que juntas na sinodalidade irradiam no mundo a vida nova do Reino de Deus.

O lema está em sintonia com o Ano da Oração. Este, por sua vez, destaca a necessidade de confiar na oração suplicante ao Cristo que toca os corações, dá sentido à vida e encanta para o seu seguimento. A promessa de Jesus, o Bom Pastor, é que não irá faltar operários e operárias para trabalhar na sua messe, mas para isso, é imprescindível rezar pelas vocações de maneira harmoniosa. Não esqueçamos o que disse o Papa Francisco: “As vocações nascem na oração e da oração; e só na oração podem perseverar e dar fruto”. Por isso, com mais ardor, nossas famílias e comunidades são convidadas a intensificar a oração pelas vocações nos encontros e celebrações, numa grande sinfonia vocacional.

Nos dias de hoje, é urgente que tenham muitos operários na messe para levar adiante a Palavra de Deus. Algumas pessoas se encontram perdidas e necessitadas do anúncio da Palavra de Deus. Precisamos de sacerdotes que vão aos hospitais, asilos, cemitérios, e visitar os doentes em casa. O povo de Deus precisa de sacerdotes que cuidem do rebanho, e como nos diz o Papa Francisco, a Igreja precisa de sacerdotes que “sintam o cheiro das ovelhas”. Para tudo isso é necessário que rezemos para que não faltem sacerdotes e que ninguém fique sem assistência religiosa e sacramental. É necessário ser uma Igreja em saída, e para isso tem de haver sacerdotes dispostos para tal missão. Temos que ser sinal do Cristo Ressuscitado para aqueles que precisam, e iluminar o mundo que está obscuro, com a luz de Cristo.

Rezemos por todas as vocações, pedindo ao Senhor operários para a messe, pois a messe é grande e os operários são poucos. Que, sobretudo, os jovens se sintam atraídos por Deus e respondam com alegria ao chamado do Senhor. Em cada semana desse Mês Vocacional peçamos ao Senhor bons pastores (diáconos, padres e bispos), bons pais de família, bons religiosos e religiosas e bons leigos e leigas a serviço do Reino.

Cada batizado é chamado por Deus a uma vocação em específico, pode ser para o ministério ordenado, para a vida consagrada e religiosa, para constituir família ou ainda para ser catequista ou atuar em outro ministério na Igreja. A maneira de descobrir qual é a nossa vocação é através da oração, no silêncio escutar Deus e responder com o sim. Após ouvir o chamado de Deus e responder afirmativamente, procure o sacerdote e comece o discernimento vocacional. Depois de um tempo de discernimento, descobrirá se aquela vocação ao qual recebeu o chamado é de fato aquela que gostaria.

Temos que abraçar a vocação com alegria, não podemos ser leigos e leigas, catequistas, diáconos, padres, bispos, pais de família ou religiosos e religiosas tristes e amargurados. Deus não chama ninguém para ser triste, mas a vocação deve expressar a alegria em servir ao Senhor. E lembrar que antes de tudo em qualquer vocação servimos a Deus, até mesmo em família, quando é ensinado aos filhos a importância de rezar ao Senhor.

Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe das Vocações, nos ajude a viver o projeto de Jesus Cristo e interceda junto a Deus por nossas vidas, vocação e missão.

Um frutuoso Mês Vocacional para todos nós!

Dom Marco Aurélio Gubiotti
Bispo Diocesano de Itabira – Coronel Fabriciano
“Pela Graça de Deus” (1Cor 15,10)

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