“Será uma oportunidade para encontrar muitos representantes religiosos e dialogar como irmãos, animados pelo desejo comum de paz, paz da qual nosso mundo está sedento.”
O mundo tem sede de paz: na terça-feira, 13 de setembro, o Papa inicia a 38ª Viagem Apostólica de seu Pontificado, que o levará ao Cazaquistão por ocasião do VII Congresso dos Líderes das religiões mundiais e tradicionais, com o lema “Mensageiro de paz e unidade”. No Angelus deste domingo, o pedido aos fiéis para que acompanhem com a oração sua peregrinação de diálogo e paz.
Depois de amanhã partirei para uma viagem de três dias ao Cazaquistão, onde participarei do Congresso dos Líderes das religiões mundiais e tradicionais. Será uma oportunidade para encontrar muitos representantes religiosos e dialogar como irmãos, animados pelo desejo comum de paz, paz da qual nosso mundo está sedento. Desde já desejo dirigir uma cordial saudação aos participantes, bem como às autoridades, às comunidades cristãs e a toda a população daquele vasto país. Agradeço os preparativos e o trabalho realizado em vista da minha visita. Peço a todos que acompanhem com a oração esta peregrinação de diálogo e paz.
O programa da viagem
No dia 13 de setembro, o Pontífice parte para Nur-Sultan, capital do país. Após a cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial, está agendada uma visita de cortesia ao presidente da República e um encontro com as autoridades, sociedade civil e corpo diplomático.
O “VII Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais” está programado para ter início em 14 de setembro, e será precedido pela oração silenciosa dos líderes religiosos. O Congresso, que reunirá mais de cem delegações de 50 países, tem como tema “O papel dos líderes das religiões mundiais e tradicionais no desenvolvimento espiritual e social da humanidade no período pós-pandemia”.
Também no dia 14 de setembro, após encontros privados com alguns líderes religiosos, o Papa celebra a Santa Missa na praça da Expo em Nur-Sultan.
O dia 15 de setembro tem início com um encontro privado com os membros da Companhia de Jesus, que antecede a leitura da Declaração Final e a conclusão do Congresso. Após a cerimônia de despedida, programado o voo do Aeroporto Internacional Nur-Sultan en direção a Roma.
Nas pegadas de São João Paulo II
O Papa Francisco é o segundo Pontífice a visitar este país. São João Paulo II foi ao Cazaquistão em 2001, dez anos após a proclamação da independência do país.
O Cazaquistão, do ponto de vista étnico, é um dos Estados mais diversificados do mundo. Os habitantes são mais de 19 milhões. 70% são de fé muçulmana, 26% são cristãos, principalmente ortodoxos. Há cerca de 120.000 católicos.
A República do Cazaquistão proclamou sua independência em 16 de dezembro de 1991, a última das ex-repúblicas soviéticas a fazê-lo no contexto do processo de dissolução da URSS. “A data de 16 de dezembro de 1991 – disse o Papa Wojtyła durante a cerimônia de boas-vindas em 2001 – está gravada em caracteres indeléveis nos anais de sua história. A liberdade reconquistada reacendeu em vós uma confiança mais sólida no futuro e estou convicto de que a experiência vivida é rica de ensinamentos para avançar com coragem para novas perspectivas de paz e progresso. O Cazaquistão quer crescer na fraternidade, no diálogo e na compreensão, premissas indispensáveis para “construir pontes” de solidariedade com outros povos, nações e culturas”.
Vatican News