Numa mensagem de vídeo divulgada, na sexta-feira (19/030, por ocasião da elevação do Santuário de Nossa Senhora de Knock a Santuário Mariano e Eucarístico Internacional, o Papa Francisco recorda que “desde a aparição de 21 de agosto de 1879, quando a Virgem Maria apareceu a alguns habitantes do povoado de Knock junto com São José e São João Apóstolo, o povo irlandês expressou sua devoção aonde quer que esteja”.
Vocês foram um povo de missionários. É bom lembrar quantos sacerdotes deixaram suas terras para se tornarem evangelizadores. Também não podemos esquecer os muitos leigos que emigraram para tantas terras e mantiveram viva sua devoção a Nossa Senhora de Knock.
Silêncio diante do mistério
“Quantas famílias, ao longo de quase um século e meio, transmitiram a fé a seus filhos e concentraram seus esforços cotidianos em torno da oração do Terço com a imagem de Nossa Senhora de Knock no centro! Os braços da Virgem em postura de oração mostram ainda hoje como é fundamental a vida de oração, que vem como uma mensagem de esperança deste Santuário”, ressalta o Papa.
Vocês sabem que na aparição de Knock, a Virgem não diz uma palavra. Entretanto, o seu silêncio é também uma linguagem. Na verdade, é a linguagem mais expressiva que nos é dada. A mensagem que vem de Knock é o grande valor que o silêncio tem para a fé.
Segundo Francisco, “este é o silêncio diante do mistério que não significa renunciar a compreender, mas a compreender sustentados e ajudados pelo mistério do amor de Jesus que se ofereceu por todos nós como o Cordeiro imolado para a salvação da humanidade. É o silêncio diante do grande mistério do amor, que não encontra outra possibilidade de resposta a não ser a de abandonar-se com confiança à vontade do Pai misericordioso”.
Acolher de braços abertos
“Elevar o Santuário Nacional de Nossa Senhora de Knock a Santuário Internacional de especial devoção eucarística e mariana é uma grande responsabilidade”, afirma o Papa, recordando que os irlandeses se “comprometem a estar sempre de braços abertos” para acolher todo peregrino, “reconhecendo-o como irmão e irmã que deseja partilhar a mesma experiência de oração em fraternidade comum”.
“Que o mistério da Eucaristia que nos une em comunhão com o Senhor Ressuscitado e uns com os outros seja sempre o sustento para viver fielmente nossa vocação de discípulos missionários, assim como foi a Virgem Maria, que se tornou peregrina do Evangelho de seu Filho. Que ela nos proteja e nos console com seu rosto misericordioso”, conclui Francisco.
Fonte: Vatican News – Mariangela Jaguraba