Francisco no Angelus pediu às autoridades israelenses e palestinas maior atenção à busca do diálogo, construindo a confiança mútua sem a qual nunca haverá uma solução de paz na Terra Santa.
“Sigo com preocupação o aumento da violência e dos confrontos que, há meses se verificam no Estado da Palestina e de Israel”: foi o que disse o Papa Francisco no Angelus deste domingo, primeiro do Advento.
“Quarta-feira passada – recordou Francisco – dois vis ataques em Jerusalém feriram muitas pessoas e causaram a morte de um jovem israelense. E no mesmo dia, durante os confrontos armados em Nablus, um jovem palestino morreu”.
“A violência mata o futuro, destruindo a vida dos mais jovens e enfraquecendo as esperanças de paz”, disse Francisco.
“Rezemos por estes jovens que morreram, por suas famílias, especialmente por suas mães”.
“Espero que as autoridades Autoridades israelenses e palestinas deem maior atenção à busca do diálogo, construindo a confiança mútua sem a qual nunca haverá uma solução de paz na Terra Santa”.
Entretanto, o número de mortos do último atentado palestino em Jerusalém perpetrado na última quarta-feira subiu para dois. Faleceu no hospital Tadese Tashume Ben Ma’ada (50 anos) que não sobreviveu aos ferimentos graves que sofreu em um de dois ataques realizados perto de um ponto de ônibus na entrada da cidade. Ben Ma’ada era um judeu que imigrou da Etiópia para Israel, há mais de 20 anos. Enquanto isso, continuam em ritmo acelerado as buscas para identificar os responsáveis pelo ataque. Tadese tinha uma esposa e seis filhos.
Por sua vez, neste sábado a polícia fechou uma das principais entradas em Jerusalém depois que um objeto suspeito foi encontrado, mas que se revelou um falso alarme. As tensões aumentaram na cidade após o duplo ataque que custou a vida de um jovem de 16 anos na quarta-feira, ferindo cerca de 20 pessoas e depois a morte do homem de 50 anos.
Durante uma busca perto da icônica Ponte Chords, os oficiais encontraram o que parecia ser uma bomba caseira. A área foi isolada e o esquadrão antibomba foi chamado, mas determinado que não se tratava de uma bomba.
Silvonei José – Vatican News