O momento foi privado ao final da missa na Basílica de São Pedro em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos nos últimos 12 meses. Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, à espera do Pontífice estavam as Irmãs Servas de Cristo Sacerdote, que cuidam do cemitério que fica dentro do Vaticano.
Como acontece todo 2 de novembro, Dia de Finados, o Papa Francisco celebrou uma missa na Basílica de São Pedro em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos nos últimos 12 meses. Em seguida, o Pontífice se dirigiu ao Cemitério Teutônico para um momento privado de oração e comemoração da partida dos fiéis.
Segundo comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, à espera do Papa Francisco estavam as Irmãs Servas de Cristo Sacerdote, que cuidam do cemitério, além da superiora da congregação, do reitor do Pontifício Colégio Teutônico de Santa Maria, em Camposanto, e o vice-reitor: “o Papa fez uma oração silenciosa, depois de ter abençoado com aspersor os túmulos mantidos ali”. Logo depois, o Pontífice retornou à Casa Santa Marta.
O cemitério dentro do Vaticano
O Campo Santo dos Teutônicos foi construído sobre a área onde estava o Circo de Nero, na região localizada agora entre a Basílica de São Pedro e a Sala Paulo VI. No pátio interno, provavelmente construído no século XVII, em meio à vegetação, há estátuas e sepulturas de várias épocas, onde foram sepultados alemães ilustres. Nas lápides dos túmulos, nomes e sobrenomes em alemão. E ao longo do trajeto entre as subdivisões da área, caminha-se sobre lápides de mármores que recobrem algumas sepulturas. Entre as personalidades sepultadas estão George da Baviera, príncipe da Baviera (+1943) e Engelbert Kirschbaum, S.J., arqueólogo e colaborador acadêmico na descoberta do túmulo de São Pedro (+1970), por exemplo.
Dada a sua localização particular – dentro do Estado da Cidade do Vaticano – o cemitério recebe milhares de pedidos para sepultamento todos os anos. Porém, de acordo com os estatutos da fundação, as solicitações devem obedecer cânones bem precisos: ser membro da arquiconfraria responsável pelo cemitério, ser religioso de origem alemã e membro de Colégios Teutônicos de Roma.
Mas há exceções. Em fevereiro de 2015, por desejo do Papa Francisco, foi sepultado “Willy” – como era conhecido – o indigente que vagava pelas ruas nos arredores do Vaticano.
Andressa Collet – Vatican News