O encontro do Pontífice com os atletas, como o brasileiro Ronaldinho, foi na Sala Paulo VI, no Vaticano, antes do jogo no Estádio Olímpico, em Roma. “São pequenos gestos, mas são sementes, são sementes de paz, são capazes de mudar o mundo, porque são sementes de paz”, disse Francisco ao agradecer a participação de todos pelo apelo urgente pela paz.
“Agradeço a todos vocês que vêm de diferentes lugares, e lugares distantes, para jogar uma partida: uma partida, sim, mas uma partida pela paz!, isso é importante. Basta pensar que as maiores despesas do mundo hoje são da indústria de armas. Porque sempre se pensa em fazer guerras para destruir. Vocês pegaram o seu tempo para vir e fazer a gratuidade da paz.”
O Papa Francisco começou assim a saudação a um grande grupo recebido na Sala Paulo VI, na tarde desta segunda-feira (14), formado por cerca de 200 jogadores de futebol, familiares e amigos. Entre eles, o brasileiro Ronaldinho, que está em Roma para participar da Partida pela Paz no Estádio Olímpico, promovida pela Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes logo em seguida ao encontro com o Pontífice no Vaticano.
A Partida pela Paz
A terceira edição do jogo com várias estrelas do futebol mundial tem como slogan #WePlayForPeace, um apelo urgente pela paz, como pede o Papa Francisco, numa ocasião para também recordar e celebrar Diego Armando Maradona, que tantas vezes participou do evento. Uma participação simbólica caracterizada por “gestos de proximidade, gestos de amizade, gestos da mão estendida, sempre”, disse o Pontífice, ao acrescentar:
“São pequenos gestos, mas são sementes, são sementes de paz, são capazes de mudar o mundo, porque são sementes de paz. Obrigado, obrigado por isso que vocês fazem, pela partida de hoje, obrigado porque vocês dizem: “Queremos paz”, em um mundo que sempre busca guerras e destruição. Obrigado! E obrigado por nos dizer que é mais importante, mais importante uma bola feita com trapos, com a gratuidade do jogo, do que a conquista de um território com guerras; isso não pode. Obrigado pelo testemunho de vocês.”
O Papa quis fazer referência a uma bola feita de trapos e amarrada com corda, um presente do jogador do time da Lazio, Ciro Immobile, como sinal da simplicidade de um esporte como o futebol, que sempre foi um veículo de amizade e fraternidade. E Francisco finalizou o encontro com uma bênção, inclusive ao coração de todos os presentes, desejando “um coração livre, um coração que vá adiante na construção da amizade.
O mundo precisa de amizade, de gratuidade”.
Andressa Collet – Vatican News