Papa: Deus nos pedirá contas dos migrantes mortos a caminho da esperança

Migrante centro-americano carrega sua filha no México, fronteira com os Estados Unidos

Aniversário de tragédia com migrantes em Tamaulipas, México; 4 anos do terremoto na Itália Central e as tantas vítimas do coronavírus no centro da atenção do Papa neste domingo.

O drama das pessoas que buscam um caminho de esperança e que acaba em tragédias também mereceu a atenção do Santo Padre no Angelus deste domingo:

Amanhã, 24 de agosto, recorre o 10º aniversário do massacre de setenta e dois migrantes em San Fernando, Tamaulipas, México. Eram pessoas de diferentes países em busca de uma vida melhor. Expresso minha solidariedade às famílias das vítimas que ainda hoje invocam a justiça e a verdade sobre o ocorrido. O Senhor nos pedirá que prestemos contas de todos os migrantes mortos no caminho da esperança. Eles foram vítimas da cultura do descarte.

Terremoto na Itália

O sofrimento de muitas pessoas em função dos terremotos que sacudiram a Itália central há quatro anos continua. Em muitas localidades, os escombros ainda se acumulam pelas ruas e pouco ou nada foi reconstruído. Um drama ainda vivido por aqueles que vivem em casas improvisadas, à espera da volta à normalidade:

Amanhã completam quatro anos desde o terremoto que atingiu o centro da Itália. Renovo a minha oração pelas famílias e comunidades que sofreram os maiores danos, para que prossigam com solidariedade e esperança; e faço votos que a reconstrução seja acelerada, para que as pessoas possam voltar a viver em paz nestes belos territórios dos Apeninos.

Ao saudar alguns grupos presentes na Praça São Pedro, Francisco inspirou-se na presença de um grupo de famílias de Carobbio degli Angeli (Província de Bérgamo) – que foram em peregrinação até a Praça São Pedro em memória das vítimas do Coronavirus – para pedir oração pelas tantas vítimas da Covid-19:

E não esqueçamos, não esqueçamos as vítimas do coronavírus. Esta manhã ouvi o testemunho de uma família que perdeu os avós sem poder se despedir e saudá-los, no mesmo dia. Tanto sofrimento, tantas pessoas que perderam a vida, vítimas da doença; e tantos voluntários, médicos, enfermeiras, religiosas, sacerdotes, que também perderam a vida. Recordemos das famílias que sofreram por isso.

Fonte: Vatican News

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