Papa, descoberta no Canadá: afastar das colonizações ideológicas

“A triste descoberta aumenta ainda mais a nossa consciência das dores e sofrimentos do passado. Que as autoridades políticas e religiosas do Canadá continuem trabalhando com determinação para esclarecer este triste caso e a se comprometerem humildemente por um caminho de reconciliação e cura”, disse Francisco.

 

Após a oração mariana do Angelus, o Papa recordou um fato que aconteceu, no Canadá, numa antiga escola residencial na Colúmbia Britânica, que fechou em 1978.

Acompanho com tristeza as notícias que chegam do Canadá sobre a descoberta chocante dos restos mortais de 215 crianças, alunos da Kamloops Indian Residential School (Escola Residencial Indígena Kamloops), na província da Colúmbia Britânica. Uno-me aos bispos canadenses e a toda a Igreja católica no Canadá para expressar minha proximidade ao povo canadense, traumatizado com esta notícia chocante. A triste descoberta aumenta ainda mais a nossa consciência das dores e sofrimentos do passado. Que as autoridades políticas e religiosas do Canadá continuem trabalhando com determinação para esclarecer este triste caso e a se comprometerem humildemente por um caminho de reconciliação e cura.

Segundo Francisco, “estes momentos difíceis representam um forte apelo para todos nós, a nos afastarmos do modelo colonizador e também das colonizações ideológicas de hoje, e caminharmos lado a lado no diálogo, no respeito mútuo e no reconhecimento dos direitos e valores culturais de todas as filhas e filhos do Canadá. Confiamos ao Senhor as almas de todas as crianças mortas na escola residencial do Canadá e rezamos pelas famílias e comunidades autóctones canadenses atingidas pela dor”.

A seguir, o Papa assegurou suas orações “pelas vítimas do massacre perpetrado na noite de sexta-feira para sábado numa pequena cidade de Burkina Faso”. “Estou próximo aos familiares e a todo o povo burquinense que sofre muito com estes repetidos ataques. A África precisa de paz, não de violência”, acrescentou.

Francisco recordou a beatificação, neste domingo, em Chiavenna, na Diocese de Como, na Itália, da irmã Maria Laura Mainetti, das Filhas da Cruz, assassinada 21 anos atrás por três jovens influenciadas por uma seita satânica.

Crueldade! Ela, que amava os jovens mais do que tudo, que amou e perdoou aquelas garotas que eram prisioneiras do mal, nos deixa seu programa de vida: fazer cada pequena coisa com fé, amor e entusiasmo. Que o Senhor dê a todos nós a fé, o amor e o entusiasmo.

A seguir, o Papa recordou que na terça-feira, 8 de junho, a Ação Católica Internacional convida a dedicar um minuto, cada um segundo a sua tradição religiosa. “Rezemos em particular pela Terra Santa e por Mianmar”, concluiu o Papa.

Fonte: Vatican News – Mariangela Jaguraba

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