A indicação de Francisco aos Capelães das escolas da Suíça francesa recebidos em audiência: falar com os jovens sobre Jesus Cristo significa “renovar algo da experiência dos discípulos de Emaús”.
Por Mariangela Jaguraba
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (07/10), no Vaticano, os Capelães das escolas da Suíça francesa. Em sua saudação, o Pontífice agradeceu a apresentação sobre os trabalhos do organismo, “que destacou alguns aspectos da realidade da juventude”.
Isso é precioso porque não são coisas que vocês leram nos livros: é fruto do seu estar com os jovens, acompanhando-os, ouvindo-os… E também levá-los diante do Senhor, na oração. É ali, no silêncio, que os rostos, as histórias, os sorrisos e lágrimas, os sonhos reemergem. É ali que vocês também encontram o impulso interno, porque um trabalho como o de vocês absorve muitas energias e pode esgotar o espírito se não houver a “seiva” do Senhor que o recarrega.
Francisco admirou o trabalho com os jovens feito pelos Capelães das escolas da Suíça francesa em relação ao Sínodo, realizado quatro anos atrás. Segundo Francisco, “aquele Sínodo não terminou com um bonito documento final, mas foi o momento culminante de um caminho eclesial que precede e segue a assembleia. E eu diria que, estando perto dos jovens, vocês também podem, num certo sentido, escrever novas páginas da Carta que surgiu daquele Sínodo: a Exortação apostólica Christus vivit“.
Toda vez que um de vocês se une a dois ou três jovens no caminho, os escuta, escuta as desilusões, os fracassos, as dúvidas que carregam dentro, e depois fala com eles sobre Jesus Cristo, despertando esperança em seus corações, se renova algo da experiência dos discípulos de Emaús. Não depende de sua habilidade: é o Cristo vivo que passa, é o seu Espírito que age; mas é importante que vocês estejam lá, sua presença ao lado deles é necessária.
Outro aspecto enfatizado pelo Papa foi o ecumênico. “Vocês são católicos e protestantes e trabalham juntos, em colaboração. Isso é bom, dá bom testemunho, e pode ajudar a Igreja a crescer em direção a uma unidade cada vez mais plena, mais conforme à vontade de Cristo, Senhor”, concluiu Francisco, encorajando-os a “continuar nesse caminho”.
Fonte: Vatican News