Papa às Filhas de Maria Auxiliadora: “Ser como Maria com a identidade salesiana”

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Na manhã da sexta-feira (22) o Papa Francisco foi à Cúria Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, reunidas para o Capítulo Geral. Ele as encorajou a serem “comunidades geradoras” em seu serviço aos pobres e especialmente aos jovens e adolescentes que “não são fáceis de acompanhar”

 

O Papa Francisco saiu do Vaticano na manhã desta sexta-feira (22) dirigindo-se à Cúria Geral das Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora que participam do 24° Capítulo Geral. Depois das saudações iniciais Francisco iniciou seu discurso falando sobre o tema do Capítulo “Comunidades Geradoras de Vida no Coração da Contemporaneidade”, que foi iluminado com as palavras de Maria nas bodas de Caná: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5).

Fiéis ao seu carisma

O Santo Padre disse às irmãs: “Reavivar o frescor original da fecundidade vocacional do Instituto: este é o objetivo que vocês se propuseram. É uma perspectiva chave para responder às necessidades do mundo de hoje, que precisa descobrir na vida consagrada ‘a proclamação do que o Pai, através do Filho no Espírito, realiza com seu amor, sua bondade, sua beleza’. Isto não significa – continuou o Papa – negar as fragilidades e as dificuldades presentes nas comunidades, mas acreditar que esta situação pode ajudá-las a transformar o hoje em um kairós, um tempo favorável para ir às raízes carismáticas, para trabalhar no essencial, redescobrindo, vocês por primeiro, a beleza da vida consagrada.

Papa Francisco no Capítulo Geral das Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora – Vatican News

Francisco disse que “este desafio convida a renovar o seu “sim” a Deus”, como mulheres e comunidades que se deixam questionar pelo Senhor e pela realidade. Para assim se tornarem “profecia do Evangelho, testemunhas de Cristo e de seu modo de vida”. Recordou também que foi o próprio Concílio Vaticano II a indicar este caminho à Igreja, que é o caminho de Deus: “a encarnação na história e a imersão na condição humana”, mas que isso “pressupõe um enraizamento firme em Cristo, para não ficar à mercê da mundanização em suas diversas formas e disfarces”. Para vocês consagradas, isto requer “fidelidade criativa ao carisma, que é uma realidade viva, não uma relíquia embalsamada.

Portanto:

“A grande responsabilidade é colaborar com a criatividade do Espírito Santo, revisitar o carisma e garantir que ele expresse sua vitalidade no mundo de hoje”

A serviço dos jovens e adolescentes

“Outro aspecto que eu vejo no tema do Capítulo é a necessidade de crescimento de comunidades entrelaçadas com relações intergeracionais, interculturais, fraternais e cordiais”. “Nesta perspectiva, – continua o Papa – também as encorajo a perseguir o compromisso de trabalhar com outras congregações, procurando viver relações de reciprocidade e corresponsabilidade. Para vocês, esta é uma forma concreta de viver a sinodalidade; e aqui também, o pré-requisito é a docilidade ao Espírito Santo, a abertura às suas novidades e surpresas.

“Em relação aos jovens”, diz o Papa Francisco, “eu quero encorajá-las, porque não é fácil acompanhar crianças e adolescentes”. Os pais o sabem bem, e vocês também”. É por esta razão que o Papa proclamou um Sínodo “para os jovens e com os jovens”, do qual saiu a exortação Christus vivit: “Sei que vocês a usam; encorajo-as a continuar a fazê-lo: estou certo de que lá vocês podem encontrar várias idéias em harmonia com seu carisma e seu serviço educativo”.

Trabalhar no essencial

“Comunidades missionárias, em saída para anunciar o Evangelho às periferias”

Por fim o Santo Padre disse:

“Queridas irmãs, sei que vocês estão se preparando para celebrar o 150º aniversário da fundação do Instituto”.  “Não esqueçam a graça das origens, a humildade e a pequenez dos inícios que tornaram a ação de Deus transparente na vida e na mensagem daqueles que, cheios de admiração, iniciaram este caminho. Maria Auxiliadora vos ajudará: vocês são suas filhas! Suas palavras nas bodas em Caná foram e são um farol de luz para seu discernimento: ‘Fazei o que ele vos disser’”. Levar a esperança que não desilude. Ser como Maria, mulher de esperança. Vocês o fazem a partir da identidade salesiana, com o estilo salesiano: sobretudo a escuta, a presença ativa, o amor pelos jovens”.

Fonte: Vatican News – Jane Nogara

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