A fase diocesana do próximo Sínodo, que começa em outubro próximo, não será uma fase preparatória, mas já será um Sínodo. A novidade foi lembrada durante a coletiva de imprensa que apresentou o “Documento Preparatório” e o “Vade-mécum” para a XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, que será celebrada em 2023. O Cardeal Mario Grech, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, anunciou que o Papa Francisco abrirá solenemente este caminho sinodal no dia 10 de outubro em Roma, enquanto no domingo seguinte, 17, cada bispo o lançará com uma celebração litúrgica nas Igrejas particulares.
Entre outubro de 2021 e outubro de 2023, o percurso será articulado em três fases, passando da fase diocesana para a fase continental, dando origem a dois diferentes instrumentos de trabalho, para a conclusão final como Igreja universal. O “Documento Preparatório” pretende ser um instrumento “para favorecer a primeira fase de escuta e consulta do Povo de Deus nas Igrejas particulares (outubro 2021 – abril 2022), na esperança de ajudar a pôr em marcha as ideias, as energias e a criatividade de todos os que participarão da jornada, e facilitar a partilha dos frutos de seu compromisso”.
“O Sínodo será inaugurado em 10 de outubro, mas podemos dizer que com a publicação destes dois textos, e em particular do “Documento Preparatório”, o caminho sinodal já começou. Porque uma vez que o documento chega às dioceses, através dos bispos, começa a preparação da primeira fase do processo sinodal, ou seja, a consulta do Povo de Deus, que é uma fase fundamental para o sucesso do próximo Sínodo”, explica o Cardeal Mario Grech.
O Cardeal Mario Grech, Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, enviou uma Carta aos Mosteiros de clausura e contemplativos, espalhados no mundo, em vista da preparação do processo sobre o tema sinodal, que será lançado no próximo mês de outubro às Igrejas locais, que se concluirá com a grande Assembleia dos Bispos no Vaticano, em 2023.
Na esteira do Magistério do Papa de “caminhar juntos”, tem início um processo sinodal que envolve “todos os níveis da vida da Igreja”. Por isso, o Cardeal Grech convida todos a participar do caminho sinodal, mediante a oração e a escuta. A palavra “ouvir”, além da “conversão e comunhão”, é uma das palavras-chave da “realidade fundamental para o processo sinodal”, do qual monges e contemplativos são testemunhas e guardiães. “Ouvir”, como diz o Papa Francisco: “Uma Igreja sinodal é uma Igreja em escuta, porque ouvir é aprender”. A vida monacal está permeada pela escuta, meditação e prática da Palavra de Deus. Até a hospitalidade, tão comum nas comunidades de monges e monjas, “é uma experiência de acolhimento e escuta”.
Fonte: franciscanos.org.br