Pais acolhedores, presentes e corajosos

Foto de Kelli McClintock no Unsplash

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

 

Neste ano, o dia dos pais, segundo domingo de agosto, ainda num contexto de pandemia, que quer dizer de perdas de muitos pais e avós que se foram, somos convidados à gratidão pela lembrança dos que partiram e pela presença dos que seguram a nossa mão. Nada como ter, como Jesus, um pai como José, acolhedor e calmo, sorridente e cheio de luz e ternura, mas corajoso e guardião quando necessário. O pai é o primeiro herói da criança, o que conserta tudo e nos protege dos perigos e dos medos.

Certamente, fizeram grande diferença nestes tempos de incertezas e sombras e não raro de carências de todo tipo. Ancorar-se no ombro paterno, e encontrar um abraço amável e carinhoso, nos liberta de qualquer angústia ou pesadelo, nos fazendo sentir seguros e amparados. Bem aventurados os pais que não fogem da raia de seu compromisso e missão sagrados, fazem crescer seu filho num ambiente de valores profundamente humanos e cristãos.

Bem aventurados os pais que não renunciam nem terceirizam sua função educadora de formação do caráter e da ética, pois eles gerarão filhos que serão cidadãos irrepreensíveis, honestos e íntegros. Mais que pais nutrícios que importam, claro está, precisamos urgentemente de pais que honrem a si mesmos, tratem de nunca decepcionar a seus filhos e não caiam na armadilha do sucesso fácil de ensinar a seus filhos a famigerada lei de Gérson, do jeitinho e da maracutaia que tanto prejudica o Brasil.

Que bom deve ser para um pai descobrir a admiração, e porque não dizer, a veneração dos seus filhos, que o veem como fonte da benção, como luz para o caminho, e sempre uma coordenada firme e verdadeira. Que São José, que melhor representa entre nós o Pai dos céus, ilumine, proteja e sempre fortaleça os nossos queridos pais!

Fonte: CNBB

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