Por Frei Gustavo Medella
As comparações do mundo rural da qual Jesus lança mão nem sempre trazem elementos que fazem parte do dia a dia da maioria das pessoas de hoje, que vivem num ambiente predominantemente urbano. No entanto, por outro lado, com um pouco de esforço e certa curiosidade, não se torna também tão complicado entender as lições que o Mestre pretende transmitir com as imagens que apresenta, fruto de suas experiências mais próximas do contexto onde Ele viveu, cresceu e se desenvolveu.
Até mesmo a experiência do grão de feijão que se desenvolve envolto em um pedaço de algodão molhado e logo gera uma plantinha faz a criança compreender que aquele “milagre” da natureza é fruto de um somatório de forças da natureza e da vontade: o grão, com sua potencialidade de gerar vida, a luz, a água, o pedacinho de algodão e o cuidado da criança que, dedicadamente dá a sua contribuição para que aquele pequeno sinal de vida se desenvolva.
No cultivo da vinha do mundo, interessante que Jesus coloca o Pai como agricultor, ou seja, aquele que cuida e se coloca a serviço para que vinha se desenvolva. Deus é a criança que vigia e mantém as condições para que a vida aconteça. Deus é servo e cuidador. A videira, Cristo, existe em função dos frutos que são perceptíveis nos ramos. Ou seja, mesmo com toda nossa fragilidade, o Senhor quer contar conosco para oferecer ao mundo os saudáveis e saborosos frutos da salvação.
Fonte: Franciscanos
FREI GUSTAVO MEDELLA, OFM, é o atual Vigário Provincial e Secretário para a Evangelização da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores em 2010 e foi ordenado presbítero em 2 de julho de 2011.