O Departamento de Celebrações Litúrgicas Pontifícias divulgou nesta terça-feira (17) o calendário das cerimônias que serão presididas pelo Pontífice em novembro.
O programa prevê a missa do Dia de Finados no Cemitério de Guerra de Roma do bairro Testaccio; no dia 3 em sufrágio do Papa Bento XVI e de cardeais e bispos falecidos durante o ano; e em 19 de novembro por ocasião do Dia Mundial dos Pobres.
O calendário das celebrações presididas pelo Papa Francisco no mês de novembro foi divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé nesta terça-feira (17). Segundo o mestre de Cerimônias Litúrgicas Pontifícias, Mons. Diego Ravelli, o Pontífice inicia o mês celebrando a missa em memória aos fiéis já falecidos em 2 de novembro no Cemitério de Guerra de Roma, o Rome War Cemetery, conhecido também como Cemitério Inglês, dedicado aos soldados dos países que na época da Segunda Guerra Mundial pertenciam ao Império Britânico e onde não vemos túmulos, mas somente as lápides. Começa às 11h na Itália, 7h no horário de Brasília.
Todos os anos, o Papa escolhe um lugar simbólico de dor e de recordação para a data do Dia de Finados: o Cemitério Laurentino, o Cemitério Militar Francês, o Verano, Prima Porta, o Cemitério Americano de Nettuno e, no ano passado, o Pontífice fez uma visita privada ao Cemitério Teutônico para um momento de oração.
Já a Santa Missa no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro em sufrágio do Papa Bento XVI e dos cardeais e bispos falecidos no decorrer do ano será realizada em 3 de novembro, às 11h na Itália, 7h no horário de Brasília.
A missa pelo Dia Mundial dos Pobres
Já no dia 19 de novembro, o Papa vai presidir a tradicional missa na Basílica de São Pedro pelo VII Dia Mundial dos Pobres. A celebração começa às 10h na Itália, 6h no horário de Brasília.
Na mensagem divulgada para a data em 13 de junho, «Nunca afastes de algum pobre o teu olhar», tema extraído do Livro de Tobias (Tb 4, 7), o Papa Francisco exorta a não desviar o olhar de quem está em dificuldade, como as crianças que vivem em zonas de guerra, os que não conseguem sobreviver, os que são explorados no trabalho e os jovens prisioneiros de uma cultura que o faz sentir falidos.
Segundo o Papa, “vivemos um momento histórico que não favorece a atenção aos mais pobres. O volume sonoro do apelo ao bem-estar é cada vez mais alto, enquanto se põe o silenciador relativamente às vozes de quem vive na pobreza. Tende-se a ignorar tudo o que não se enquadre nos modelos de vida pensados sobretudo para as gerações mais jovens, que são as mais frágeis perante a mudança cultural em andamento. Coloca-se entre parênteses aquilo que é desagradável e causa sofrimento, enquanto se exaltam as qualidades físicas como se fossem a meta principal a alcançar”.
“Os pobres tornam-se imagens que até podem comover por alguns momentos, mas quando os encontramos em carne e osso pela estrada, sobrevêm o incômodo e a marginalização. A pressa, companheira diária da vida, impede de parar, socorrer e cuidar do outro.”
Francisco recorda na mensagem as novas formas de pobreza, pensando em particular “nas populações que vivem em cenários de guerra, especialmente nas crianças privadas de um presente sereno e de um futuro digno. Ninguém poderá jamais habituar-se a esta situação; mantenhamos viva toda a tentativa para que a paz se afirme como dom do Senhor Ressuscitado e fruto do compromisso com a justiça e o diálogo”.
As celebrações presididas pelo Papa Francisco no mês de novembro serão transmitidas ao vivo, com comentários em português, pelos canais da Rádio Vaticano – Vatican News.
Andressa Collet – Vatican News