O alicerce sobre o culto ao Sagrado Coração é o descrito por Pio XII, na Encíclica Haurietis aquas.
Por Marília de Paula Siqueira
A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus – Dia da Santificação dos Sacerdotes – é celebrada na sexta-feira após a Solenidade de Corpus Domini. A Eucaristia/Corpus Domini não é outro senão o próprio Coração de Jesus, Daquele que, com “coração”, “cuida” de nós.
O alicerce sobre o culto ao Sagrado Coração é o descrito por Pio XII, na Encíclica Haurietis aquas.
“À vista de tantos males que, hoje como nunca, transtornam profundamente os indivíduos, as famílias, as nações e o mundo inteiro, temos um remédio eficaz. A devoção ao culto augustíssimo do coração de Jesus, corresponde melhor à índole própria da fé católica, que com mais eficácia satisfaça as necessidades atuais da Igreja e do gênero humano.” (Haurietis aquas, n. 70)
Leão XIII, ao dirigir a todos os cristãos e a quantos se sentiam sinceramente preocupados com a sua própria salvação e com a salvação da sociedade civil nos diz: “Vede hoje ante vossos olhos um segundo lábaro consolador e divino: o sacratíssimo coração de Jesus…, que brilha com refulgente esplendor por entre as chamas. Nele devemos pôr toda a nossa confiança; a ele devemos suplicar e dele devemos esperar a nossa salvação”.
Se desejamos ardentemente ter seguras barreiras as ímpias maquinações dos inimigos de Deus e da Igreja, como também fazer as famílias e as nações voltarem ao amor de Deus e do próximo, cultivemos a devoção ao sagrado coração de Jesus como escola eficacíssima de caridade divina; dessa caridade divina sobre a qual se há de construir o reino de Deus nas almas dos indivíduos, na sociedade doméstica e nas nações. (Haurietis aquas, n. 72)
“Da caridade divina recebe o reino de Jesus Cristo a sua força e a sua beleza; o seu fundamento e a sua síntese é amar santa e ordenadamente. Donde necessariamente se segue o cumprir integralmente os próprios deveres, o não violar os direitos alheios, o considerar os bens naturais como inferiores aos sobrenaturais, e o antepor o amor de Deus a todas as coisas”. (Leão XIII)
A fim de que a devoção ao coração augustíssimo de Jesus produza frutos mais copiosos na família cristã e mesmo em toda a humanidade, procuremos a ela estreitamente a devoção ao coração imaculado da Mãe de Deus. Foi vontade de Deus que, na obra da redenção humana, a santíssima virgem Maria estivesse inseparavelmente unida a Jesus Cristo; tanto que a nossa salvação é fruto da caridade de Jesus Cristo e dos seus padecimentos, aos quais foram intimamente associados o amor e as dores de sua Mãe. Por isso, convém que o povo cristão, que de Jesus Cristo, por intermédio de Maria, recebeu a vida divina, depois de prestar ao sagrado coração o devido culto, renda também ao amantíssimo coração de sua Mãe celestial os correspondentes obséquios de piedade, de amor, de agradecimento e de reparação. Em harmonia com esse sapientíssimo e suavíssimo desígnio da divina Providência, nós mesmo, por ato solene, dedicamos e consagramos a santa Igreja e o mundo inteiro ao coração imaculado da santíssima Virgem Maria. (Haurietis aquas, n. 74)
Oh! Deus, que no Coração de vosso Filho, ferido por nossos pecados, vos dignais prodigalizar-nos os infinitos tesouros do amor, nós vos rogamos que, rendendo-lhe o preito de nossa devoção e piedade, também cumpramos dignamente para com ele o dever de reparação. Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amém.
Sagrado Coração de Jesus, em Vós eu confio!
Fonte: Vatican News