O “Aleluia” na Aclamação do Evangelho

Imagem: Pascom/ Paróquia Nossa Senhora da Saúde

Só na Quaresma é que não se canta o Aleluia como aclamação ao Evangelho.

 

Aleluia significa “louvai a Deus” ou “louvai ao Senhor”. É expressão de profunda alegria e exultação em Deus. Através do Aleluia cantado a assembleia dos fiéis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. É cantado por todos, de pé, primeiramente pelo grupo de cantores ou cantor, sendo repetido, se for o caso; o versículo, porém, é cantado pelo grupo de cantores ou cantor (cf. IGMR, n. 62).

Aleluia é cantado em todo o tempo, exceto na Quaresma. O Versículo é tomado do Lecionário ou do Gradual.

No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no Lecionário. Pode-se cantar também um segundo salmo ou trato, como se encontra no Gradual (cf. n. 62).

Durante a Quaresma a Igreja como que faz jejum da alegria do Aleluia pascal.

Este canto recebe um destaque especial na Vigília Pascal. É cantado solenemente antes do anúncio da Páscoa na proclamação do Evangelho, diante do círio pascal. É o romper da Páscoa. A partir do Aleluia pascal inicia-se a grande festa de cinquenta dias de Aleluia até o Pentecostes. Durante a Oitava da Páscoa, o envio final da Missa e a resposta se fazem através do acréscimo de um duplo Aleluia. Trata-se de um grito de alegria e júbilo, pois “Este é o dia que o Senhor fez para nós; alegremo-nos e nele exultemos. Aleluia!” Este refrão vai se repetindo na Oitava da Páscoa tanto na Celebração eucarística como na Liturgia das Horas.

Se o Salmo responsorial se volta sobre a leitura que antecedeu, ou seja, a primeira leitura, o Aleluia com seu versículo se relaciona com o Evangelho que vai ser anunciado. Convém, pois, que se tome realmente o versículo previsto no Lecionário e não qualquer versículo referente à palavra em geral.

Entrou aqui um mau costume, a partir das aclamações do Evangelho do Tempo da Quaresma, relacionadas com a Campanha da Fraternidade. Criaram-se muitos cantos de aclamação ao Evangelho, alguns mais, outros menos felizes. Aconteceu que, passada a Quaresma, se continuou a entoar estes cantos de aclamação, sem o Aleluia.

Devemos notar ainda que há Aleluias de caráter diferente conforme os mistérios celebrados quanto à melodia e o caráter mais ou menos solene e alegre. Um Aleluia de Páscoa terá caráter diverso de um Aleluia de Advento.

Cada Comunidade deveria saber cantar em torno de uma dúzia de Aleluias. Por exemplo, um típico para o Natal, outro de Páscoa, outro de Pentecostes, vários para os domingos do Tempo Comum, que são sempre festas pascais, um para o Advento e, quem sabe, outro ainda para as festas e solenidades da Virgem Maria e um próprio dos Santos. O versículo, em geral, tirado do Evangelho do dia, que consta no Lecionário, será cantado pelo cantor ou grupo de cantores, num tom salmódico correspondente à melodia do Aleluia.

“Havendo apenas uma leitura antes do Evangelho:

a) No tempo em que se diz o Aleluia, pode haver um salmo aleluiático ou um salmo e o Aleluia com seu versículo;

b) No tempo em que não se diz o Aleluia, pode haver um salmo e o versículo antes do Evangelho ou somente o salmo;

c) O Aleluia ou o versículo antes do Evangelho podem ser omitidos quando não são cantados (cf. Instrução Geral, n. 62).

 

Fonte: Franciscanos – Especial Gotas de Liturgia /Frei Alberto Beckhäuser

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