Iluminai a nossa mente para que a entendamos com clareza, e aceitemos que a vossa Palavra é “lâmpada para os nossos passos e luz para o nosso caminho” (Sl 119,105).
*Por Padre Leonardo Agostini Fernandes – Rio de Janeiro
Motivação inicial
Senhor, enviai sobre nós o vosso Santo Espírito, para que nos deixemos conduzir por sua ação forte e inspiradora. Que queiramos escutá-Lo, com docilidade, abertura e dedicação, a fim de que possamos experimentar a sua presença orientadora e o seu toque esclarecedor diante da vossa Palavra revelada. Que na Sagrada Escritura, encontremos o vosso Filho, o Verbo Encarnado, Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida. Iluminai a nossa mente para que a entendamos com clareza, e aceitemos que a vossa Palavra é “lâmpada para os nossos passos e luz para o nosso caminho” (Sl 119,105). Amém.
Introdução
A presente proposta é simples, mas acredita-se que possa oferecer uma compreensão sobre a ligação do Mês da Bíblia com a história eclesial e brasileira, bases do seu surgimento e razão para continuar, pois bem sabemos que muitas iniciativas eclesiais brilhantes, como vieram, assim se foram, sem deixar vestígios. Espero, outrossim, contar com a sua condescendência, pois, por certo, muitos detalhes importantes, por razões de tempo e espaço, não poderão ser apresentados aqui. A parte disto, dedicamos um breve estudo à Carta aos Gálatas, tema atual do mês da Bíblia 2021.
Contextualização histórica
O olhar para a história, em seus diversos acontecimentos, nem sempre é agradável, mas, por certo, é necessário e empenhativo. Percebe-se que em muitas pessoas se encontra uma dificuldade, em outras até uma grande aversão, em relação ao estudo da história, porque a apresentação e a metodologia aplicadas por alguns foram reduzidas à memorização de datas, nomes e eventos. O posicionamento no estudo da história, porém, ganha um novo despertar quando ela é apresentada não mais a partir de fatos isolados, mas pelo nexo causal que existe entre eles. Isto permite compreender melhor a relação entre passado, presente e futuro.
Nesse sentido, o gérmen, que deu início ao Mês da Bíblia, pertence à iniciativa da Arquidiocese de Belo Horizonte, na comemoração do seu jubileu de ouro em 1971, impulsionada pela congregação das irmãs Paulinas (Para um breve histórico do mês da bíblia, veja-se o site: https://paulinascursos.com/sab/mes-da-biblia/historico-do-mes-da-biblia/). Foi, por certo, uma iluminada experiência, baseada na Constituição Dogmática Dei Verbum, sobre a Divina Revelação (18/11/1965), com um claro objetivo: Promover, entre os católicos, um maior espaço para a leitura, o estudo e a reflexão da Sagrada Escritura.
Em 1978 o “Mês da Bíblia” foi estendido ao regional Leste 2 da CNBB até ser assumido como proposta para toda a Igreja do Brasil. O mês de setembro foi escolhido por causa da memória de São Jerônimo (30/09). No ano passado, fizemos memória dos 1600 da sua morte. contudo, além do sentido patronal sob o exemplo de São Jerônimo, a escolha do mês de setembro também oferecia uma forte motivação política, devido à comemoração da proclamação da Independência do Brasil.
Não é difícil de se perceber que este ato de Dom Pedro I, realizado no dia 7 de setembro de 1822, dentro do contexto em que ocorreu, foi, sem dúvida, uma ação libertadora não apenas de Portugal, mas também de todos os comprometimentos que envolviam a coroa portuguesa em suas alianças políticas. Não causa estupor que Dom Pedro I tenha proclamado a independência pouco após o retorno de Dom João e sua corte para Portugal.
Então, dentro dessa dinâmica, dois fatos devem ser mencionados, pois são importantes para se compreender a gestação, o surgimento e a evolução do mês da Bíblia desde 1971.
O primeiro fato tem a ver com as fortes consequências provocadas pelo Concílio do Vaticano II sobre a valorização e a divulgação da Bíblia com a Constituição Dogmática Dei Verbum. Na verdade, a Dei Verbum já deveria ser considerada um saboroso fruto do movimento bíblico que foram, junto a outros movimentos (patrístico, litúrgico e ecumênico), uma forma de reação às fortes transformações sociais que começaram a ocorrer após as catástrofes das duas Grandes Guerras Mundiais e o surgimento dos regimes totalitários.
O segundo fato tem a ver com a percepção e o posicionamento de certos seguimentos da Igreja católica frente ao que, no Brasil, estava acontecendo concomitantemente: a retomada do poder pelo regime militar no denominado “golpe”, que se deu na madrugada do dia 31 de março de 1964, contra o governo de João Goulart que não reagiu, bem como não houve reação de todos os que lhe davam apoio. Deve-se atentar ainda que, na ocasião, fracassou a proposta de uma greve geral proposta pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).
O nexo causal, que acabei de apresentar, parece corroborado pelo que disse Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte e Presidente da CNBB, em sua homilia do dia 1/09/2021, no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais. Sigo o artigo publicado pelo Vatican News na edição portuguesa:
“O presidente da CNBB lembrou a importância do Concílio Vaticano II e da Dei Verbum, que colocou a Palavra de Deus em primeiro lugar, superando uma distância de séculos da Igreja com a Palavra de Deus. O arcebispo fez um chamado a descobrir a importância da Palavra de Deus, lembrando isso no início da Semana da Pátria, momento em que” – e cita as palavras de Dom Valmor: “nós somos chamados a pensar de modo muito profundo, sério e comprometido sobre a nação brasileira que nós formamos, exigidos por uma cidadania qualificada, marcada pelo diálogo, pela solidariedade, pelo respeito, pela cooperação, por um olhar que atinge os mais pobres, sem radicalismos, sem polarizações, sem disputas” (https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2021-09/cnbb-mes-da-biblia-esta-completando-50-anos.html).
Portanto, percebe-se, claramente, que subjaz ao Mês da Bíblia, desde o seu surgimento, um duplo objetivo. Por um lado, o de colocar a Palavra de Deus nas mãos dos fiéis. Por outro lado, espera-se que os fiéis, iluminados pela Palavra de Deus, assumam o seu papel cívico e se tornem elementos transformadores da nação brasileira. O problema são as ideologias, presentes nas interpretações bíblicas e sociais. É o risco da manipulação dos textos bíblicos em chave política e vice-versa.
Conjugar conhecimento bíblico com comportamento condizente, sem dúvida, é a ação mais adequada, pois sem a transformação pessoal, pela Palavra de Deus, com tudo o que ela comporta, dificilmente se contemplará a transformação social que ajude, de fato, as pessoas a se verem e se reconhecerem como Fratelli tutti, com nos conclamou o Papa Francisco em sua Carta Encíclica de 3 de outubro de 2020.
Como, para os que creem, a Palavra de Deus é fonte de vida, não é aceitável uma separação entre o seu estudo-aprofundamento e suas consequências pessoais, sociais e eclesiais em todos os níveis e esferas. Assim, a pregação da Palavra de Deus, sem o justo envolvimento com a vida é, por certo, infértil, ineficaz e não condiz com a proposta salvífica de Deus para toda a humanidade (Jo 3,16). É o que se constata na carta de Paulo aos Gálatas.
A Carta aos Gálatas
A leitura atenta dessa carta permite perceber como os sentimentos do apóstolo Paulo estão à flor da pele, sem, porém, perder a razão. O amor a Jesus Cristo e o zelo pelo Evangelho são centrais, pois está em jogo o grande dom do Mistério Pascal: A liberdade!
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Por isso, ficai firmes e não vos deixeis prender, novamente, ao jugo da escravidão” (Gl 5,1).
Diante dessa forte afirmação e exortação, surge uma forte pergunta: Que, ou quem, tem sido o nosso cárcere, privado ou social? A lei? Uma ideologia? Uma instituição: social, econômica, política ou religiosa? Um sistema?
Um ponto fundamental, para se compreender o apóstolo Paulo e as suas opções de vida, tem a ver com as suas raízes – as tradições judaicas recebidas em família –, e a transformação pela qual passou em Jesus Cristo, admitindo que foi chamado a evangelizar os gentios no mundo greco-romano.
A Carta aos Gálatas permite, por um lado, a percepção do ambiente e da força do judaísmo, com o seu apego à Lei e às interpretações das Escrituras; por outro lado, exige o conhecimento da literatura judaica, sem a qual não se vislumbra o posicionamento do apóstolo Paulo, ao expor o Evangelho, por ele pregado, e as suas motivações.
Em Gl 1,2 está dito que a carta foi enviada às igrejas da Galácia, isto é, um escrito circular para as comunidades presentes nessa região. At 16,6 e 18,23 mencionam a região da Galácia, respectivamente, ligada à 2ª e 3ª viagens missionárias do apóstolo Paulo.
Galácia diz respeito aos altos planaltos da Ásia Menor. No séc. III aC, lá se instalaram os gauleses. Em 25 dC, passou ao domínio de Roma. Do ponto de vista religioso, a Galácia era pagã e violenta nos seus ritos; praticavam, inclusive, a castração em suas cerimônias cultuais. Diante disso, a circuncisão judaica era fácil de ser acolhida, pois atenuava tal prática.
A carta possui um tom polêmico por causa da ofensiva de cristãos judaizantes. Nesse sentido, a carta aos Gálatas, Fl 3,2 e 2Cor 10–13, texto que precede, canonicamente, Gl contém uma apologia, pois o apóstolo Paulo defende o que ensina: a liberdade em Jesus Cristo. Na contramão da pregação de Paulo estava a ofensiva judaizante.
Sobre a temática da justificação pela Lei, existe grande afinidade entre a Carta aos Gálatas, escrita, provavelmente de Éfeso entre os anos 54-55, no auge da crise gerada pelos judaizantes, e a Carta aos Romanos que, escrita logo após (55-56), permite perceber o ponto da profunda reflexão ao qual chegou Paulo sobre essa problemática.
No centro da questão estava a imposição da circuncisão, sinal dado ao patriarca Abraão como pertença ao povo eleito (Gn 17,9-14) e prevista na lei (Lv 12,3), sem a qual não se obteria a salvação. A aceitação dessa imposição colocava a fé na aliança, estabelecida no Sinai, como absoluta e acima do Mistério Pascal de Jesus Cristo. Por isso, Paulo saiu em defesa da supremacia do amor de Deus que foi revelado em Jesus Cristo por toda a humanidade (Rm 10,4). Assim, a carta aos Gálatas mostra o exemplo de como uma Igreja experimenta e vive as suas crises religiosas. A abertura à ação dos judaizantes foi a principal geradora destas crises. Diante disso, Paulo reafirmou a origem do seu chamado e ministério apostólico. Esta graça vem de Deus e não do interesse humano (Gl 1,1).
A carta é polêmica, trata de vários temas e mostra o corajoso Paulo reorientando a fé dos cristãos para a verdade do evangelho: “O homem não se justifica pelas obras da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da Lei, porque pelas obras da Lei ninguém será justificado” (Gl 2,16).
O debate esquenta pela oposição de Paulo frente a “um outro evangelho”, que vinha sendo pregado pelos judaizantes. O verdadeiro evangelho é aquele que não trai a força da cruz de Jesus Cristo (Gl 3, 1-15; 5,1-12; 6,12-13). Em outras palavras, que não coloca outro meio de salvação senão a cruz de Cristo.
A Lei teve e continua tendo o seu papel junto aos transgressores, mas ela não invalida a promessa divina (Gl 3,15-18). A Lei alcança o seu fim, mantendo os judeus, tementes e prosélitos, na fé em um único Deus, na certeza do cumprimento das suas promessas e na espera do Messias (Cristo), realizador dessas promessas.
O apóstolo Paulo, ao falar da origem do Evangelho, por ele pregado, utiliza uma afirmação muito forte como argumento para criticar os promotores da desordem nas comunidades da Galácia: “Paulo, apóstolo – não da parte dos homens nem por intermédio de um homem, mas por Jesus Cristo e Deus Pai que o ressuscitou dentre os mortos – e todos os irmãos que estão comigo, às Igrejas da Galácia” (Gl 1,1-2)… “Com efeito, eu vos faço saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, pois eu não o recebi nem aprendi de algum homem, mas por revelação de Jesus Cristo” (Gl 1,11-12).
A origem divina do Evangelho pregado por Paulo, após um período de crise que se seguiu à sua conversão, é um fato que foi confirmado pelas colunas da Igreja de Jerusalém (Tiago, Cefas e João), a partir de onde o Evangelho começou a se difundir, a fim de chegar além dos confins da Palestina e penetrar no mundo inteiro (Gl 1,13–2,1-10).
O grande dado teológico que Paulo defende em Gl diz respeito à salvação do ser humano. Ela é dom de Deus, graça que se alcança por meio da fé em Jesus Cristo e não pela prática das obras da Lei. Paulo advoga a favor da fé e procura mostrar que as obras da Lei são consequências desta fé em Jesus Messias. O erro é pensar que, pelas obras, os fiéis passariam a ter, por seus méritos, direito à salvação. Isto equivaleria a invalidar a gratuidade do dom, da bondade e da misericórdia de Deus pelos seres humanos, fazendo destes, pelas obras, o objeto do favor divino. Em outras palavras, Deus, pelas obras da Lei, estaria obrigado a salvar somente os circuncisos e os praticantes da Lei.
Sobre isso, Paulo energicamente rebateu. A salvação é dom gratuito que brota da cruz de Jesus Cristo (Gl 6,11-17; Jo 3,16; Rm 8,31-39). É a prova do amor de Deus pelos seres humanos, pois, “não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem ou mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28).
Todavia, para não deixar um conceito ambíguo sobre a relação entre fé e obras, em Gl 5,1–6,10 o apóstolo Paulo exortará os seus destinatários a exercitar a fé que receberam, isto é, pela obediência à vontade de Deus. Ao tratar dos temas da liberdade e da caridade, Paulo recordará a obra máxima da Lei: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5,14).
Percebe-se, portanto, que Paulo não pensa a Lei e suas obras como um obstáculo para a fé, porque a fé em Deus, por meio de Jesus Cristo, poderá crescer e alcançar a sua plenitude na Lei perfeita de Cristo e que não admite discriminações: Amai-vos uns aos outros” (Jo 13,34). Então, a glória de Paulo foi carregar, em sua própria carne, as marcas do amor a Jesus Cristo e aos que ele evangelizou. O que interessava ao apóstolo era que as comunidades da Galácia, para terem a verdadeira paz, fossem e permanecessem fiéis ao Evangelho por ele pregado (Gl 6,14-18).
Assim sendo, a carta aos Gálatas pode ser estruturada do seguinte modo:
1,1-10: Introdução;
1,11–2,21: Paulo se defende e recapitula fatos do seu chamado e missão;
3,1–4,31: Parte doutrinal: o evangelho de Paulo, anúncio da salvação pela fé;
5,1–6,10: Parte exortativa: a verdadeira vida na liberdade cristã;
6,11-18: Últimas recomendações e saudação final.
Em síntese
O risco de abandonar a integridade da fé não é algo novo em nossas comunidades eclesiais. Falsos missionários podem se infiltrar. Paulo, na sua época, não ignorou o fato e não se rendeu diante dele, mas manifestou o zelo pelo Evangelho e pelos evangelizados. Por isso, dirigiu-se aos gálatas com grande preocupação e num tom fortemente exortativo.
A defesa que o apóstolo utilizou na sua argumentação lembrava aos gálatas a sua trajetória e a sua busca por salvaguardar a ação salvífica de Jesus Cristo na vida do convertido. O fiel é justificado não pelas obras que pratica (méritos), mas pela adesão da fé em Jesus Cristo que, dando sua própria vida, resgatou o ser humano do pecado e venceu a morte por sua ressurreição.
Foi preciso insistir que não havia mais divisão entre judeus e gentios, pois todos são herdeiros das promessas feitas a Abraão, porque Deus não faz acepção de pessoas. A circuncisão não é mais necessária para a salvação, porque quem está em Jesus Cristo, pela fé, é uma nova criatura, age na caridade, pratica a verdade e coloca em prática o mandamento do amor: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Quem ama, luta contra tudo o que pode dividir a comunidade de fé e se coloca debaixo da ação do Espírito Santo com docilidade, que corrige os indóceis, pois viver em Jesus Cristo tem consequências práticas no dia a dia. A fé não é estéril, mas operosa e sua operosidade é a caridade, que exige do cristão um compromisso não só com o seu bem-estar, mas com as necessidades dos irmãos na fé. De fato, a caridade é um bem social.
Considerações finais
Como dito na introdução, a gênese do Mês da Bíblia esteve ligada à realidade histórica e a fortes motivações eclesiais e sociais. Isto revela que a ação de Deus, Providente e Previdente, continua sendo um dom encarnado que nos impulsiona a ver, discernir e agir, seguindo o seu exemplo e metodologia: Amar como Ele ama!
Ao longo deste jubileu de ouro, muitas pessoas puderam redescobrir a importância da Bíblia nas suas vidas e começaram a perceber que ela é fonte de água viva que transforma e dá sentido à vida (Jo 4). Penso, valendo-me da Carta aos Gálatas, que o grande desafio ainda é a aceitação e a compreensão da liberdade em Jesus Cristo. Este dom deve se tornar o critério de nosso posicionamento frente a todas as formas de ideologias, sejam leigas ou eclesiais, que geram os novos cárceres dos sentimentos, das emoções e da razão.
Como o apóstolo Paulo, consciente da sua vocação e missão, não recuou, mas se posicionou, com critérios e argumentos, frente aos judaizantes que, apesar de suas motivações, estavam deturpando a Palavra de Deus e a sua eficácia salvífica em Jesus Cristo; também nós devemos nos empenhar, cada vez mais, na leitura, na escuta e no estudo da Palavra de Deus, livres dos condicionamentos sociais e eclesiais, para viver e dar aos nossos irmãos e irmãs a pureza da Boa Nova que liberta, redime e santifica.
Como Jesus Cristo, para se manter na total liberdade, não se filiou a nenhum partido da sua época (fariseus, saduceus, essênios, zelotas, sicários etc), também nós não deveríamos comprometer a sua Boa Nova com alguma corrente de pensamento ou ideologia política.
Jesus não foi de direita ou de esquerda, foi todo do Pai, dócil ao Espírito e a favor da humanidade, a fim de nos ensinar a via da verdadeira libertação: a obediência à sua vontade!
Pe. Leonardo Agostini Fernandes
Sacerdote da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Professor de Sagrada Escritura do Dep. de Teologia da PUC-Rio
Capelão da Igreja do Divino Espírito Santo do Estácio de Sá/RJ