Jesus Salvador de cada pessoa humana

Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

Por Frei Clarêncio Neotti

 

Mateus conta que José deu ao filho, nascido de Maria, o nome de Jesus. Desde o início de seu Evangelho, acentua em Jesus a qualidade de salvador. Repete o que pouco antes disse: “Ele salvará o povo”. Porque Jesus, em hebraico, quer dizer: “Deus é salvação”. O nome Jesus não era novidade, o Nome Josué tem o mesmo significado. E tanto um quanto outro eram usados como nomes próprios. A novidade era Jesus de Nazaré vir para salvar o povo de seus pecados (1/21). Outros salvaram de inimigos e animais ferozes, de fome e desgraças. Jesus de Nazaré libertou o homem do pecado, para que o homem retornasse à comunhão com Deus.

Pouco mais adiante, no capítulo 9/ Mateus observa que fariseus e doutores da lei se escandalizaram, porque Jesus dissera a alguém: “Teus pecados te são perdoados” (9/2). Jesus lhes declarou abertamente: “Tenho na terra o poder de perdoar pecados” (9/6). Quando, portanto, no Evangelho de hoje, Mateus nos diz que José “pôs nele o nome de Jesus”, não quer apenas nos dizer o nome pelo qual o Menino seria chamado, mas nos dizer qual seria a missão específica desse Menino, concebido de forma miraculosa: ser o Salvador dos homens.

Pôr o nome no menino tinha ainda um sentido jurídico.  José adotava a criança que não nascera dele. E, sendo José da família de Davi, ao adotar o menino, inseriu-o na linhagem de Davi, como haviam predito os profetas. Assim Paulo pôde dizer na segunda leitura (Rm 1/3): “Jesus nasceu da estirpe de Davi, segundo a carne”. Além do nome Jesus, Mateus ainda nos dá hoje dois outros nomes dele: filho de Davi, pelo qual Jesus será chamado inúmeras vezes na vida pública; e Emanuel, que exprime a razão de ser da encarnação: ser um Deus–conosco, para que nós sejamos pessoas-com-Deus.

Fonte: Franciscanos


FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFMentrou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Durante 20 anos, trabalhou na Editora Vozes, em Petrópolis. É membro fundador da União dos Editores Franciscanos e vigário paroquial no Santuário do Divino Espírito Santo (ES). Escritor e jornalista, é autor de vários livros e este comentário é do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário.

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