O encontro reúne mais de mil catequistas em Aparecida (SP) e o evento eclesial, organizado pela Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reúne catequistas de todo o país e se estende até o próximo domingo, dia 3, no Santuário Nacional de Aparecida.
Com o lema “Tocar corações e impulsionar a missão”, o encontro tem o objetivo de recordar o documento “Catequese renovada: orientações e conteúdo” aprovado em 1983 durante a 21ª Assembleia Geral (AG) da CNBB e, com ele, animar a acolhida de seu conteúdo nas comunidades brasileiras.
“Muitas vezes não sabemos onde irão chegar aqueles que passaram pelas nossas mãos. Durante um tempo, eu estava afastado da Igreja e quando voltei, quem me acolheu foi uma catequista, se não fosse ela hoje não estaria aqui e não seria bispo”, enfatizou dom Andherson Franklin Lustosa de Souza, bispo auxiliar de Vitória (ES) e membro da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética e agradeceu os catequistas: “obrigado por vocês doarem a vida para a catequese”.
Durante a abertura do encontro, a assessora da Comissão, Mariana Venâncio, destacou a atual importância do documento lançado há quatro décadas. Sobre o texto, ela ressaltou tratar-se de um tesouro precioso que a Igreja no Brasil reservou aos catequistas ensinando-os “o caminho de sinodalidade e de escuta”.
Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico da CNBB, evidenciou o processo de catequese como caminho eclesial de fidelidade às fontes da fé.
O padre Wagner Francisco de Souza Carvalho, também assessor da Comissão Episcopal, lembrou dos agentes de pastoral vitimados pela Covid-19 nos últimos anos que, segundo ele, “tanto se doaram como catequistas”.
Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico da CNBB; dom Juarez Marques Souza da Silva, arcebispo de Teresina (PI) e membro da Comissão; dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida; e a Dulce Silva coordenadora da Animação Bíblico-Catequética no regional Noroeste também participaram do início do encontro.
Intitulada “Catequese Renovada: contexto teológico-eclesial de uma recepção criativa do Concílio Vaticano II”, o padre Abimar de Moraes assessorou a primeira conferência do encontro de catequistas.
“A Catequese deve ser capaz de suscitar um processo de crescimento na experiência cotidiana e comunitária de fé, superando assim o conceito de Catequese somente doutrinal, para transformá-la em educação integral da fé”, salientou o padre Abimar.
A segunda agenda do dia contou com a assessoria da irmã Maria Aparecida Barbosa, da Congregação do Imaculado Coração de Maria, que apresentou um panorama do documento Catequese Renovada. Catequese como iniciação à fé e como educação permanente para a comunhão e participação na comunidade de fé foram assuntos abordados pela irmã Cida, como a religiosa é conhecida.
“A tarefa da Catequese é confiada, em primeiro lugar, a toda a comunidade eclesial, que, com toda a sua vida, contribui para a educação de seus membros na fé. O Bispo, e com ele os presbíteros e diáconos, sacramentalmente constituídos ministros do Cristo-Mestre, são os primeiros responsáveis do processo catequético”, enfatizou a religiosa ao dizer que a comunidade cristã é o local propício para a catequese e que as famílias são as primeiras educadores da fé.
A programação do primeiro dia contemplou a celebração da Missa, às 18h, no Santuário Nacional.
Fonte: Edite Neves / Comunicação Sul 1 da CNBB
Texto: Pe. Tiago Barbosa / Comunicação Regional Sul 1 da CNBB