Há 500 anos se convertia Santo Inácio de Loyola

“O meu desejo é que no coração deste Ano Inaciano possamos escutar o Senhor que nos chama e que permitamos que Ele trabalhe a nossa conversão, inspirada pela experiência espiritual de Santo Inácio.”

Com estas palavras o padre Arturo Sosa, SJ, atual superior Geral da Companhia de Jesus, convida não só os jesuítas, mas a todos os cristãos espalhados pelo mundo que se nutrem da espiritualidade do Peregrino de Loyola, a viver o Ano consagrado à memória desta conversão pessoal que tornou-se dom para toda a Igreja.

Este ano é especial para a Companhia de Jesus, pois celebram os 500 anos da conversão de Santo Inácio de Loyola, processo de transformação pessoal que teve início após ele ser gravemente ferido na Batalha de Pamplona e que culminou em Manresa. Essa experiência ajudou-lhe a ver novas todas as coisas em Cristo, além de dar origem a uma espiritualidade que, cinco séculos mais tarde, continua a auxiliar o encontro de milhares de pessoas com Deus.

Em 1521, há exatamente 500 anos, em Pamplona – Espanha, o então soldado Iñigo de Loyola perdia a grande batalha da sua carreira e iniciava uma vida nova em Cristo. Uma bala de canhão, como mais tarde em Roma narraria o fundador da Companhia de Jesus em sua autobiografia, comprometeu-lhe a carreira militar, mas abriu-lhe o coração para consagrar-se inteiramente a serviço do Rei Eterno, e assim, mudar a História da Igreja.

Após ser ferido gravemente na batalha de Pamplona, o jovem soldado foi levado para a casa de sua cunhada. No castelo de Loyola, esteve à beira da morte e, mesmo preso ao leito, ainda alimentava seus vãos desejos de vanglória e combate. Em sua difícil convalescença, apaixonado que era por livros sobre romances de cavalaria, Iñigo solicitava-os frequentemente. Mas, sua cunhada, católica fervorosa, somente dispunha de livros da Vida de Cristo e dos Santos.

O soldado Iñigo – que depois adotaria o nome de Inácio -, resistiu a lê-los até que não lhe restasse outra opção para passar o tempo. Ao ter contato com tais livros piedosos, começou a sentir algo diferente em seu coração. Vinham-lhe sentimentos nunca antes experimentados, desejos que faziam seu coração arder. Aos poucos, nascia o homem novo, apaixonado por Cristo, peregrino incansável e mestre do discernimento. Naquele leito de Loyola, morria seu sonho de crescer na carreira militar e conquistar as mãos de uma dama, mas nascia um outro infinitamente maior: o de conquistar o mundo para Cristo.

O Ano Inaciano, convocado por Pe. Arturo Sosa, e batizado como ‘Ignatius 500’, começou em 20 de maio de 2021 e segue com uma programação repleta de eventos que terá o seu ápice no dia 31 de julho de 2022, data em que se comemora a festa de Santo Inácio de Loyola.

Entre tantas iniciativas e memórias, de maneira especial, está a data de 12 de março de 2022, quando será celebrado o IV Centenário da canonização de Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier, São Felipe Neri, Santa Teresa D’Avila e Santo Isidro, ambos declarados santos no mesmo dia.

“Que possamos ser inspirados a ter a abertura de coração que necessitamos”, conclui o padre Arturo Sosa na carta de convocação do Ano Inaciano, “para receber o Espírito Santo que nos deseja doar a audácia do impossível”.

O LEMA DESTE ANO

‘Ver novas todas as coisas em Cristo’ é o lema que inspira a celebração. Basicamente, ele simboliza três pontos: primeiro, que devemos estar sempre com os sentidos abertos para captar as necessidades do nosso meio, perguntando-nos a todo momento como podemos ajudar a transformar a realidade; em segundo lugar, assumir as nossas próprias limitações, como o próprio Inácio o fez, e em terceiro lugar, sair pela estrada, descobrir aquele Deus que habita e trabalha em todas as criaturas e contemplá-lo em tudo o que nos acontece.

Fonte: Franciscanos.org.br

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