Especial São José – 1º Dia: Pai Amado

Em 19 de março celebraremos a Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria, pai adotivo do Menino Jesus.

 

Poucas são as citações sobre ele nos evangelhos. No entanto, em Mateus e Lucas, mesmo as poucas narrativas nos sinalizam o pai que São José foi para Jesus e a missão que a Providência Divina lhe confiou.

Para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro Universal da Igreja, o Papa Francisco convocou o “Ano de São José” com a Carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”.

De hoje, 13 de março, até o dia de São José, 19/03, postaremos diariamente aqui no site um pouquinho do que se sabe sobre este Santo a partir da Carta Apostólica do Papa Francisco. Uma oportunidade para lermos e conhecermos juntos o conteúdo deste documento.

“Com coração de pai: assim José amou a Jesus” – é com essa frase que o Papa Francisco abre a Patris corde.

Através das referências bíblicas, sabemos que São José era um homem justo:

“Maria, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida do Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo.” (cf Mt 1, 18s)

E, também, um homem obediente:

“Eis que o anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados… José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher.” (cf Mt 1, 20-24)

A Tradição Cristã sempre teve uma especial atenção à importância do sim de Maria, mas nem sempre reconheceu com a mesma consciência a importância do sim de José, o carpinteiro de Nazaré. No entanto, sabemos que foi crucial a aceitação de José para que o plano da Salvação de Deus pudesse ser realizado.

Reflexões pessoais do Papa Francisco sobre São José

Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação.

  1. Pai amado

A grandeza de São José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, «colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico».

São Paulo VI faz notar que a sua paternidade se exprimiu, concretamente, «em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho; em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa».

Por este seu papel na história da salvação, São José é um pai que foi sempre amado pelo povo cristão, como prova o fato de lhe terem sido dedicadas numerosas igrejas por todo o mundo; de muitos institutos religiosos, confrarias e grupos eclesiais se terem inspirado na sua espiritualidade e adotado o seu nome; e de, há séculos, se realizarem em sua honra várias representações sacras. Muitos Santos e Santas foram seus devotos apaixonados, entre os quais se conta Teresa de Ávila que o adotou como advogado e intercessor, recomendando-se instantemente a São José e recebendo todas as graças que lhe pedia; animada pela própria experiência, a Santa persuadia os outros a serem igualmente devotos dele.

Em todo o manual de orações, há sempre alguma a São José. São-lhe dirigidas invocações especiais todas as quartas-feiras e, de forma particular, durante o mês de março inteiro, tradicionalmente dedicado a ele.

A confiança do povo em São José está contida na expressão «ite ad Joseph», que faz referência ao período de carestia no Egito, quando o povo pedia pão ao Faraó e ele respondia: «Ide ter com José; fazei o que ele vos disser» (Gn 41, 55). Tratava-se de José, filho de Jacob, que acabara vendido, vítima da inveja dos seus irmãos (cf. Gn 37, 11-28); e posteriormente – segundo a narração bíblica – tornou-se vice-rei do Egito (cf. Gn 41, 41-44).

Enquanto descendente de David (cf. Mt 1, 16.20), de cuja raiz deveria nascer Jesus segundo a promessa feita ao rei pelo profeta Natan (cf. 2 Sam 7), e como esposo de Maria de Nazaré, São José constitui a dobradiça que une o Antigo e o Novo Testamento.

 

Oração

Salve, guardião do Redentor
e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança;
convosco, Cristo tornou-Se homem.

Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós
e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,
e defendei-nos de todo o mal. Amém.

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