Convite para sermos uma Igreja epifânica que manifeste, com alegria e júbilo, a sua maior riqueza, a Pessoa de Cristo Salvador, que vem realizar e plenificar as aspirações e esperanças mais nobres e sublimes que dão sentido e valor à toda nossa vida, dignificando-a e embelezando-a.
Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo Diocesano de Campos (RJ)
Com a Solenidade da Epifania chegamos ao ápice do Mistério do Natal, pois Jesus se revela plenamente como Salvador Universal. Festa que configura pela presença dos Sábios do Oriente que chegam para adorar o Menino Deus, um verdadeiro encontro e ágape das civilizações e culturas da Terra. Esta festa, se torna um verdadeiro convite ao anúncio de felicidade e paz que o Menino Jesus veio trazer para todos os povos, famílias e criaturas.
Convite para sermos uma Igreja epifânica que manifeste, com alegria e júbilo, a sua maior riqueza, a Pessoa de Cristo Salvador, que vem realizar e plenificar as aspirações e esperanças mais nobres e sublimes que dão sentido e valor à toda nossa vida, dignificando-a e embelezando-a.
A Epifania, mais que uma Festa, apenas ritual, torna-se um verdadeiro processo e dinâmica missionária que faz acontecer, hoje, a caminhada destes três homens sábios que representam todas as idades, etnias, culturas e credos da Terra, que partem buscando o profundo sentido da vida: a salvação; procurando confrontar-se com a Palavra em Jerusalém para, a partir da profecia, chegar ao encontro com o Esperado das Nações, Jesus, o Salvador Universal. Que possamos sair da zona de conforto, ou de falsas seguranças religiosas, para nunca deixarmos de ser buscadores, peregrinos e andarilhos da fé, como Abraão, como os Santos Reis, como São Paulo, a serviço de um mundo unido e reconciliado.
Neste tempo, que vivemos a angústia da guerra na Ucrânia e as várias guerras por procuração ou em fatias, como afirma o Papa Francisco, a difícil travessia de superar a pandemia do COVID, a celebração da Epifania acende, em nós, a Luz da Estrela da Esperança, que não decepciona, que impulsiona as melhores utopias e desejos de uma paz duradoura, de uma fraternidade cada vez mais ampla, e inclusiva, de um mundo onde caibam todos/as, de uma Casa verdadeiramente Comum, onde os bens da Terra sejam repartidos e usufruídos conscientemente na sustentabilidade e harmonia. Viver e testemunhar a Epifania é deixar que sempre brilhe, em nós, a luz de uma fé viva, operosa, transformadora, e esperançosa, que se torne diálogo e caminho de salvação, com todos os pobres e povos da Terra.
Nessa perspectiva, seremos acolhidos com alegria e a ternura do Menino Deus que veio armar a sua tenda, barraquinha, entre nós, tornando-nos uma só família, onde todos somos irmãos. Feliz, alegre e luminosa Epifania!
Fonte: Vatican News