Entregar-se Àquele que conduz a Igreja

    A diocese de Roma tem seu bispo, a Igreja universal o seu pastor. Com uma rapidez que só pode surpreender aqueles que leem a vida da Igreja com as lentes da política, o conclave designou o Sucessor de Pedro. Obrigado, Santo Padre, por ter aceitado. Obrigado por ter dito “sim” e por ter se entregado Àquele que conduz a Igreja.

    As memoráveis palavras pronunciadas por Paulo VI diante dos estudantes do Colégio da Lombardia, em dezembro de 1968, durante o difícil período dos protestos pós-conciliares, vêm à mente mais uma vez: “muitos” – disse o Pontífice – “esperam gestos clamorosos do Papa, intervenções enérgicas e decisivas. O Papa não acredita que deva seguir outra linha que não seja a da confiança em Jesus Cristo, que cuida de sua Igreja mais do que qualquer outro. Será Ele a acalmar a tempestade. Quantas vezes o Mestre repetiu: ‘Confidite in Deum. Creditis in Deum, et in me credite!’. O Papa será o primeiro a cumprir essa ordem do Senhor e a se abandonar, sem ambivalência ou ansiedade inoportuna, ao jogo misterioso da invisível mas a certa assistência de Jesus à sua Igreja. Não se trata de uma espera estéril ou inerte, mas de uma espera vigilante em oração. Essa é a condição que o próprio Jesus escolheu para nós, para que Ele possa trabalhar em plenitude. Também o Papa precisa ser ajudado com a oração”.

    Hoje é o mundo que está em meio a uma tempestade, dilacerado por guerras e violência. Rezemos pela paz. Rezemos com Pedro e por Pedro. E, confirmados por ele na fé, aprendamos também nós a nos entregarmos Àquele que reina do madeiro da cruz, tomando sobre si as feridas da humanidade.

    Andrea Tornielli
    Vatican News

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