No último domingo, 17 de outubro, foi realizada a Abertura do Sínodo dos Bispos 2021-2023 em nossa Igreja Particular de Itabira-Coronel Fabriciano.
Nesta intenção, contou-se com Missas nas três Regiões Pastorais de nossa Diocese: na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário em Itabira, na Concatedral São Sebastião em Coronel Fabriciano e na Igreja Sagrado Coração de Jesus em João Monlevade.
Após saudar os presentes, em sua homilia, na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário, Dom Marco Aurélio Gubiotti, recordou que nós estamos vivendo um momento histórico, pois o evento que teve início é o evento eclesial mais importante da história da Igreja desde o Concílio Vaticano II.
Dom Marco Aurélio também notou que o Sínodo dos Bispos, que é um dos patrimônios mais importantes do Concílio Vaticano II, sofreu algumas mudanças no pontificado do Papa Francisco, inspiradas em indicações de seus antecessores. Sendo assim, o Pontífice normatizou que o Sínodo não seja apenas um encontro de prelados, mas que seja preparado com uma ampla escuta de todo o povo de Deus, escuta esta que é consequência da concepção de igreja que se tem nos documentos Lumen Gentium e Gaudium et Spes, e que com base neles, “a concepção do nosso ‘ser igreja’ é que todos somos membros atuantes do povo de Deus e que ninguém pode ser colocado à parte, ficar de fora, alienar-se da missão recebida de sermos protagonistas do anúncio do Evangelho”, lembrou Dom Marco Aurélio.
O bispo recordou ainda o significado da palavra “sínodo”, que quer dizer “caminhar juntos”, e que portanto, o princípio da sinodalidade que é a disposição de fé de caminhar juntos nos reconhecendo como irmãos é mais importante que o processo sinodal, pois ele tem fim, “mas a nossa identidade de povo de Deus que caminha é maior que esta assembleia e do processo que iniciamos”.
Dessa forma, Dom Marco Aurélio mencionou que o Papa Francisco afirmou que a finalidade deste sínodo sobre sinodalidade não é produzir documentos, mas criar no coração dos fiéis a abertura à escuta para aquilo que o Espírito Santo quer dizer às igrejas: “ou seja, este Sínodo é um ‘kairós’, um tempo da graça de Deus para nós nos convertermos e conversão na maior amplitude de seus significados”, afirmou o bispo diocesano.
Ao falar do tema do 16º Sínodo dos Bispos que é “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”, Dom Marco Aurélio destacou que a palavra “participação” é o tempero que faz ressaltar o sabor da nossa “comunhão e missão”, portanto ela não pode falar, se não nossa caminhada fica insossa.
Isso se traduz em todo mundo se sentir chamado, de diferentes modos, de diferentes níveis, cada um respeitando seu estado de vida:
“Tem lugar para todos nós participarmos, desde a criança na sua mais tenra infância até o nosso irmão idoso, todos podemos e devemos participar, essa é a proposta, o desafio e sonho que nós devemos acalentar todos juntos em nossos corações”, observou Dom Marco Aurélio.
Acerca da forma como acontecerá este momento em nossa Diocese, o Bispo afirmou que os fiéis serão informados por meio de suas comunidades, e o que é mais importante de saber o quê será feito, mas como será feito e que este processo de escuta do Espírito Santo se baseará em ouvirmo-nos mutuamente para descobrirmos como viver a igreja, em que as estruturas atuais precisam ser modificadas, o quê precisamos valorizar em nossa caminhada que expressa sinodalidade, o quê é preciso ser transformado e quais novos caminhos precisamos trilhar.
Para isso, lembrou Dom Marco Aurélio:
“O Papa pediu que não seja uma escuta fechada, que não se reduza às lideranças, mas que o povo de Deus precisa ser ouvido, incluindo os encarcerados, os moradores de ruas, os irmãos das periferias, os que desanimaram da fé católica, os evangélicos e ateus, pois somos todos irmãos”.
Fonte: Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano
Fotos das celebrações nas três Regiões Pastorais estão disponíveis no site da Diocese. Para acessá-las, clique aqui.