Jesus disse à beata Conchita, do México: O mundo está perecendo porque se afastou do Espírito Santo, essa é a origem de todos os males que o afligem. Peça que venha ‘um novo Pentecostes’. Que o mundo todo se volte para o Espírito Santo. Então virá a paz, juntamente com uma transformação moral e espiritual, que será mais forte do que o mal que assola o mundo”.
O Espírito Santo é a alma de nossa alma, uma fonte inesgotável de força, que todos buscamos desesperadamente nestes tempos difíceis. Certa vez perguntaram a um pregador: “Por que o senhor vive falando que temos que nos deixar encher constantemente pelo Espírito Santo?” Ele respondeu: “Porque eu tenho um vazamento!” Sim, é verdade: todos nós temos o vazamento da pouca fé que abre buracos em nosso barco. Como esquecemos rápido o Criador, a quem o vento e o mar obedecem (cf. Mc 4,41)! É o Espírito Santo que consolida em nós a certeza de que somos filhos de um Deus que é Pai de infinito amor.
O Papa Bento XVI definiu o “ceticismo da Verdade” como o problema mais profundo dos tempos modernos. O santo russo Serafim de Sarov dizia de forma semelhante: “Há muitas coisas que já não percebemos porque nos afastamos da simplicidade originária do conhecimento cristão. O conceito de verdade foi praticamente abandonado e substituído pelo do progresso, da prática, do cálculo e da boa intenção. Supostamente esclarecidos, entramos nas trevas da ignorância, ao ponto de hoje no parecer incompreensível a Revelação de Deus, da qual os antigos tinham um conceito tão claro.” O Espírito de Deus nos dá o pleno discernimento para reconhecer onde está a vida e onde está o veneno.
O Espírito Santo é o amor personificado entre o Pai e o Filho. Ele é a verdadeira “Razão”, que é o Amor. É Ele que nos ensina a linguagem do amor altruísta que vira de cabeça para baixo a lógica do mundo. Para a pessoa plenificada pelo Espírito, não vale mais a sequência “eu-tu-ele”, mas “Deus-tu-eu”. A confiança no Deus vivo, que abrange todas as coisas, tem prioridade absoluta. Depois, o “tu” de minhas irmãs e meus irmãos assume o segundo lugar. E em seguida, cada um de nós também encontrará o seu próprio “eu”, porque descobrimos a alegria de nos doarmos aos outros.
Pe. Martin M. Barta – Assistente Eclesiástico Internacional
Fonte: Revista Eco do Amor / Fundação Pontifícia ACN