“Ele está no meio de nós” – (Oração Eucarística II)
Sim! Jesus é tempo presente. O Verbo – ação permanente de Deus sobre a humanidade. Aquele que caminha entre nós como um farol.
A Solenidade de Corpus Christi, institucionalizada em 1264 pelo Papa Urbano IV, não é só mais uma tradição entre os cristãos católicos. É, sobretudo, um alimentar a fé, um propagar a esperança, um dizer ao mundo: Cristo vive e caminha conosco!
Uma das “traduções” mais simples e belas sobre o Corpus Christi quem nos oferece é o padre José Antônio de Oliveira:
“Corpus Christi: festa do Corpo, festa do Pão, festa da partilha.
Corpo: morada dos sentimentos;
Pão: tudo aquilo que sacia a nossa fome, o que sustenta… é sabor;
Partilha: superação do isolamento, do egocentrismo… doação, entrega, abertura para receber, crescimento, comunhão.
O Amor se fez Palavra e nos criou. A Palavra se fez carne e armou sua tenda no meio de nós. A Palavra se fez Pão e veio morar dentro de nós.
São muito felizes os(as) que creem no Amor, na Palavra, na Partilha e, por isso, fazem comunhão.”
A verdadeira comunhão fraterna é o desejo de Deus para a humanidade. É ela que nos permite começar o Reino aqui. De certa maneira, a Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo nos impulsiona ainda mais para isso – aumenta o nosso fervor.
Uma única vez ao ano, Jesus sai pela porta da frente da Igreja e, tal como há mais de dois mil anos, uma multidão de fiéis caminha com Ele. Segue o Mestre em uma procissão de encher os olhos pela beleza e de tocar no mais profundo de cada um. É como se o próprio Jesus segurasse as nossas mãos e com um sorriso na face renovasse o seu convite: “vem, segue-me”!
Na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, as três comunidades (Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora da Saúde) se prepararam para este dia solene. Na Comunidade de Fátima, a procissão com Jesus no Santíssimo Sacramento passou por cobertores que, após lavados, irão aquecer muitos irmãos(as). Na Conceição e na Matriz, foram alguns quilômetros de tapetes confeccionados em tecido.
Embora Jesus não faça conta desses detalhes, Ele sabe o quanto de amor e gratidão é colocado na “feitura” de cada um deles. Alguns tapetes, usados na procissão da Matriz Nossa Senhora da Saúde, foram feitos com fuxicos – 2 metros de fuxicos entrelaçados em uma única peça. Outros tantos com bordados em relevo, com os mistérios do rosário, com a marcante ‘figura’ do Espírito Santo, reconhecido pelos católicos na pomba, e de Maria – mãe do Salvador.
Foram vários meses de um trabalho que envolveu dezenas de pessoas – tudo fruto de doação: doação do tempo, dos materiais, do dom para conceber o que virou arte. Doação que reflete um pouco da gratidão de todos aqueles que reconhecem o quanto recebem de Deus diariamente.
A Santa Missa contou com a participação de, pelo menos, uns 500 fiéis na Matriz, com significativa presença, também, de crianças. Ainda que em cada celebração se renove o memorial do Mistério Pascal, a Missa de “Corpus Christi” tem um tom especial. Como disse o pároco Flávio Assis: “a Eucaristia faz a Igreja e a Igreja vive da Eucaristia. Ao tomar o pão em suas mãos e abençoá-lo, Jesus orientou os apóstolos na última ceia: isto é o meu corpo, comei! Vocês que me acompanham, que me seguem, que estão comigo: comam. Este será o sinal da nossa união. A eucaristia é o que renova a nossa vida.”
Após a missa, os fiéis saíram em procissão com Jesus presente no Santíssimo Sacramento – em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Ao longo do percurso, vários momentos de adoração e louvor. Ao final, os fiéis retornaram à Matriz onde aconteceu o encerramento da solenidade com a bênção do Santíssimo.
“Demos graças ao Senhor, nosso Deus
É nosso “prazer” e nossa Salvação
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele é a vossa palavra viva, pela qual tudo criastes. Ele é o nosso Salvador e Redentor, verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria. Ele, para cumprir a vossa vontade, e reunir um povo santo em vosso louvor, estendeu os braços na hora da sua paixão, a fim de vencer a morte e manifestar a ressurreição. Por ele, os anjos celebram vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória.” (Oração Eucarística II)
Assessoria de Comunicação
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