Cardeal Schönborn: mais compaixão e senso de comunidade na Igreja

Cardeal Christoph Schönborn em sua recente visita à Siria (Syriac Orthodox Patriarchate) - Vatican News

O arcebispo de Viena explica ao Vatican News em que a Igreja – como desejado pelo Papa ao iniciar o processo sinodal – deveria ser diferente. O purpurado salienta que “participar do sofrimento dos outros é a coisa humana mais elementar do homem”. E sobre o pedido de alguns países europeus para erguer muros para deter os migrantes, adverte: nunca funcionaram.

 

O cardeal e arcebispo de Viena Christoph Schönborn participou de numerosos Sínodos elogiando, nas últimas convocações, o método cada vez mais favorável a uma dimensão profunda e prolongada de escuta das vozes na Igreja. É o que ele também manifesta no início do percurso inaugurado no domingo passado com a Santa Missa na Basílica de São Pedro, presidida pelo Papa.

Abrindo o caminho sinodal, o Papa Francisco, citando o padre Yves Congar, disse que não é preciso fazer outra Igreja, mas uma “Igreja diferente”. Em que, Eminência, a Igreja deveria ser diferente?

Mais escuta, não para calar, mas para ouvir mais do que o povo de Deus, sobretudo as pessoas que estão no sofrimento, vivem. Escutar o que Deus nos diz pela situação de tantas pessoas. Um apelo ao que está no coração da Igreja: a compaixão. Aqui em Roma vocês têm belos testemunhos deste espírito de compaixão, de presença, de proximidade. Estas são as coisas que, penso eu, o Papa quer dizer quando diz “não outra Igreja, mas uma Igreja diferente”.

A que experiências, em particular, o senhor se refere?

Por exemplo, a Comunidade de Sant’Egidio é um belo exemplo já há tantos anos, e depois há Chiara Amirante… maravilhoso este grupo ao redor dela! São sinais de uma Igreja diferente, que vive a proximidade. É o que vemos em Jesus quando ele encontra a viúva que perdeu seu único filho: o Evangelho diz que “ficou comovido de compaixão”. Participar do sofrimento dos outros é a coisa humana mais elementar do homem. Esta capacidade, Jesus quis que fosse o selo da Igreja.

Fonte: Vatican News – Antonella Palermo

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