Bispos do Estado de São Paulo no segundo dia da Visita ad Limina Apostolorum. Nesta manhã a Santa Missa na Basílica São João de Latrão. A celebração foi presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, que conversou com a Rádio Vaticano – Vatican News.
Nesta terça-feira, dia 20 de setembro, os bispos das sub-regiões Aparecida, São Paulo e Sorocaba iniciaram o segundo dia da Visita ad Limina Apostolorum com a Santa Missa na Basílica São João de Latrão. A celebração, realizada na Igreja que é a Catedral da Diocese de Roma, foi presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo.
“Renovamos a nossa profissão de fé e também a unidade com o Papa no serviço à Igreja e ao Evangelho”, destacou dom Odilo”.
“A visita ad Limina dos bispos de São Paulo e da província de Aparecida e Sorocaba continua em Roma. Hoje, pela manhã a celebração na Basílica de São João de Latrão, que de fato é a Catedral da Diocese de Roma, Catedral do Papa, que é o bispo de Roma. Ontem nós tivemos um dia cheio, sobretudo na parte da manhã. Nós também celebramos a missa na Basílica de São Pedro, foi o início da nossa visita ad Limina. Em seguida nós tivemos as visitas no Palácio San Calisto aos Dicastérios Leigos, Família e Vida e depois ao Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, onde tivemos um bom diálogo com os dois Dicastérios sobre os temas que dizem respeito à família, leigos, às questões relativas à vida, à bioética. São tantos os novos desafios colocados pelas questões atuais a esses Dicastérios e também aos nossos trabalhos, às nossa Dioceses.
Nesta terça-feira pela manhã, além da Santa Missa, nós visitamos também o Dicastério para os Bispos, o Dicastério para a Doutrina da Fé e o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, ou seja, dos Religiosos. Foi uma manhã bastante cheia. Teremos ainda pela frente hoje no fim da tarde o encontro no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, com a direção e os estudantes.
Portanto, as nossas visitas estão sendo bastante empenhativas mas muito proveitosas”.
“Gostaria de destacar as celebrações nas Basílicas, que significado tem?
Primeiramente tem o significado da renovação da nossa fé, que é a fé de Pedro, representada pelo Papa. Defendida, promovida pelo Papa que é o Sucessor de Pedro. Na Basílica de São João de Latrão onde celebramos hoje pela manhã, por exemplo, sendo a Catedral do Papa, ela representa essa unidade da fé em torno da Cátedra de Pedro, que é a Cátedra do Papa. Cátedra significa o ensinamento, o ensinamento da fé que vem do Evangelho, vem do ensinamento dos Apóstolos. A Igreja persevera os ensinamentos dos Apóstolos, procurando ser fiel ao Evangelho. O Papa é aquele que coloca o selo sobre o ensinamento verdadeiro ao qual todos nós aderimos. Toda a Igreja Católica é chamada a aderir com firmeza à fé Apostólica, professada primeiramente pelo Papa, professada pelos bispos e é claro, professada por todos os fiéis na comunhão de fé. Então, foi um momento muito significativo em que nós lembramos a nossa missão comum de sermos aqueles zeladores da fé: tanto para divulgar, propagar a fé, mediante a evangelização, a boa evangelização, o bom ensinamento da fé. E também a defesa da fé para prevenir contra erros, contra ensinamentos errôneos da fé, desvios na fé, e assim por diante.
É claro, nós renovamos também na Basílica de São João de Latrão a profissão de fé e a nossa adesão ao Papa, nossa comunhão e nossa fidelidade ao magistério do Papa. A gente lembrou que na ordenação episcopal de cada um de nós, bispos, fomos interrogados se nós professamos a fé dos Apóstolos; e nós dissemos que sim. Se nós queremos ser fiéis ao ensinamento do Sucessor do Apóstolo Pedro; e nós dissemos que sim. E se nós queremos obedecer ao Sucessor do Apóstolo Pedro, nós também respondemos que sim.
Pois é. Nós lembramos isso hoje de maneira muito especial ao celebramos na Catedral do Papa aqui em Roma.
A nossa visita ad Limina continua até sexta-feira quando então teremos o encontro com o próprio Papa. Um encontro que certamente será muito bonito. Nós estamos muito esperando por este momento, que será certamente muito espontâneo onde se trata com muita liberdade, com muita sinceridade das questões que nos afligem, ou que nos alegram, ou que o Papa queira nos dizer ou perguntar. Portanto, um intercâmbio entre o Papa e os bispos que vão visitar o Papa para falar, para ouvir, para compartilhar as alegrias, as angústias e os sofrimentos e naturalmente as esperanças que nos vem do Evangelho”.
Silvonei José – Vatican News