Por Frei Gustavo Medella
Ao enviar os discípulos, Jesus pede que não levem nada pelo caminho. A missão é o lugar da liberdade, dos braços abertos, do coração vazio de tudo para se preencher com a Graça de Deus. O texto do envio missionário (Mc 6,7-13) serve sempre de provocação, a fim de que os discípulos possam deixar de lado todo fardo que por ventura tenham acumulado no caminho (vaidade, prepotência, desânimo, medo, desilusão…) para retomar a confiança na Providência Divina.
O poder sobre os espíritos impuros que o Senhor concede aos seus deve começa a agir a partir de dentro daqueles que são enviados, eliminando todo tipo de imaturidade e carência que certamente vão pesar durante a missão. Buscar ater-se ao essencial é sempre um desafio, especialmente num mundo de tantas possibilidades sedutoras. Tomar o máximo de cuidado para não se colocar no centro, mas deixar que o Evangelho tome o seu lugar de protagonista do empenho missionário deve ser tarefa diária para aquele que se dispõe a ser discípulo-missionário. O Senhor é quem chama e envia. Também é Ele quem providencia o necessário para que tudo corra bem.
Fonte: franciscanos.org.br
FREI GUSTAVO MEDELLA, OFM, é o atual Vigário Provincial e Secretário para a Evangelização da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores em 2010 e foi ordenado presbítero em 2 de julho de 2011.