Às vésperas de 10 anos de seu pontificado, Francisco recorda o encorajamento do cardeal Hummes

Papa Francisco e o cardeal Cláudio Hummes - foto/reprodução CNBB

Às vésperas da celebração pelos 10 anos de seu pontificado, o Papa Francisco se emociona sobre as lembranças e memórias do dia 13 de março de 2013, data em que foi eleito por 115 cardeais que integravam o conclave que elegeu o sucessor da cadeira de São Pedro, vaga desde a renúncia de Bento XVI no mês anterior. Religioso da ordem dos jesuítas, foi o primeiro latino-americano a se tornar papa.

Numa referência a São Francisco de Assis, reconhecido pelo seu trabalho junto aos pobres, foi o primeiro sucessor de Pedro a escolher o nome Francisco. Ele mesmo explicou o motivo: “Na eleição, eu tinha ao meu lado o arcebispo emérito de São Paulo, um grande amigo (era Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, com quem recebeu o cardinalato na mesma data, em 21 de fevereiro de 2001)”. relembrou.

Francisco disse que quando a coisa começou a ficar um pouco “perigosa”, o cardeal Claudio o tranquilizou. “E quando os votos chegaram a 2/3, aconteceu o aplauso esperado, pois, afinal, havia sido eleito o Papa. Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis”, recordou.

A perspectiva do seu pontificado partiu de baixo, com uma maior atenção às “periferias” existenciais e geográficas do mundo, como ponto de partida do seu modo de ser e agir. Ao convidar os fiéis a retomar o frescor original do Evangelho, pediu-lhes um maior fervor e dinamismo, para que o amor de Jesus pudesse chegar realmente a todos. A Igreja que Bergoglio queria era uma Igreja “em saída”, de portas abertas, um hospital de campanha, sem temer a “revolução da ternura e o milagre da delicadeza”.

Em sua primeira bênção apostólica “Urbi Et Orbi”, o Francisco anuncia o caminho que faria com a Igreja: ” Agora iniciamos este caminho, Bispo e povo… este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”.

Fonte: CNBB

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