Arquidiocese de Quito dá sepultamento cristão a bebês abortados

“Aquela vida humana que não tem voz para reclamar, que não tem presença para ser notada, requer de pessoas com grande coração (...) que façam valer os seus direitos".

Desde 2017, mais de cem bebês receberam uma despedida digna com o projeto “Bebés al Cielo”.

 

“A vida, principalmente a vida de um ser inocente, de um ser indefeso, tornou-se algo negociável, não é mais considerada sagrada”.

Essa é a dura constatação do bispo auxiliar de Quito/Equador, Dom Danilo Echeverría, durante a Celebração Eucarística para dar sepultamento cristão a 25 bebês abortados e encontrados em diversas circunstâncias nos bairros da capital equatoriana.

“Bebés al Cielo” é uma iniciativa da Pastoral da Família da Arquidiocese de Quito em conjunto com o Serviço Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses do Equador, explica uma nota da Arquidiocese de Quito.

No Parque Santo Jardines de Santa Rosa, ao sul de Quito, por meio do projeto “Bebés al Cielo”, os corpos desses pequenos que permaneceram vários anos no Departamento de Medicina Legal e Ciências Forenses da Polícia Nacional sem serem reconhecidos, receberam um sepultamento digno.

Já são 116 os bebês abortados entre a 10ª semana de gestação ou recém-nascidos, sepultados desde 2017. A nota lembra que naquele primeiro ano foram sepultados 51 bebês, 40 em 2018 e 25 em 2021.

Dom Echeverría afirmou que uma das dolorosas realidades do mundo atual é que “só se valorizam as coisas que são caras, que têm um alto preço econômico” e o que é gratuito “fica em segundo plano”.

“Aquela vida humana que não tem voz para reclamar, que não tem presença para ser notada, requer de pessoas com grande coração, com profundo sentido de dignidade, que façam valer os seus direitos, que façam valer o dom extraordinário que receberam de terem sido chamadas à existência”, sublinhou o prelado.

O bispo auxiliar de Quito, no final da celebração, pediu a Deus que toque o coração dos cidadãos para que entendam que “a vida humana é sagrada, que nenhuma pessoa jamais pode ser violada”, especialmente se for inocente.

Vatican News – Alina Tufani

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